Em minha pequena biblioteca, em Lagoa da Prata, esta meu fim - em torno das pinturas e desafios do jornal Conexão na formação de leitores.

Em minha pequena biblioteca, em Lagoa da Prata, esta meu fim - em torno das pinturas e desafios do jornal Conexão na formação de leitores.

Em minha pequena biblioteca, em Lagoa da Prata, esta meu fim - em torno das pinturas e desafios do jornal Conexão na formação de leitores.

 

Federico Garcia Lorca pronunciou em algum lugar que não recordo, que a oratório   é um gênero em que as ideias se diluem tanto que só fica uma música agradável, mas os demais se o leva o vento.  Para o poeta espanhol escrever poderia servir para ensinar a pessoas ausentes. Acredito que o livro e os jornais não são mais valiosos que a vida. Sábado fui ao arcotete com Gustavo para caminhar em busca de vozes para meu único filho.  Mirando uma ponte percebi na mirada de Gustavo a dificuldade que temos em abandonar a esperança nos livros e nas pontes, que talvez não seja senão a colocada em pratica da esperança de fazer do mundo um lugar habitável. Um dia na vida de Gustavo significa, simplesmente, ler o entorno - talvez  a voz esta perdida entre as montanhas e  covas . Acredito que para compreender a natureza de meu filho tenho que penetrar na cabeça de nossos antepassados caçadores – recolhedores de flores e ervas.

Meu pai, Eliseu Fernandes dos Reis, por muitos anos foi guardião de meus livros - mas, hoje, Walter Silva, editor do Jornal Conexão, de Lagoa da Prata de passo o encargo de cuidar dos livros e cria um Instituto com   objetivo de criar um circuito que chega a um novo leitor e  que incide em sua formação  como um verdadeiro cidadão  - o seja, comprometido com a sociedade e, não, com seus interesses individuais.  Mais que os livros, me interessam os leitores. O limite entre o publico e o provida deve ser mais permeável. O público e o leitor são inquietantes e difícil de imaginar. Certamente não quero dar uma lição aos que preferem as armas e o dinheiro -   as condutas de meu filho me fez  mais compulsivo aos livros. Para educar meu filho necessito criar pontes - e, ensina-lo a  perceber que não um prazer mais completo que a leitura . Os livros devem estar perto de Gustavo porque é uma espécie de porta, ponte, uma promessa ou cofre. Vivo rodeado de livros, pinturas e gravuras - não consigo imaginar viver sem Gustavo, Nina e os livros - desconfio de uma casa na que não existem livros. Nina a manha estará em Lagoa da Prata - e, você editor do jornal Conexão estará com a tarefa de montar uma pequena biblioteca para pescar leitores .  Para compreender esta briga de foice no escuro entre Lula e Bolsonoro estou lendo Elogio a Loucura, de Erasmo de Rotterdam.  Walter, espero que sua mãe que sempre me tratou com carinho recupera a saúde.    Um cordial abraço.

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