Embraer vs Boeing, o divórcio !

Como amante da aviação e de nossa indústria não poderia me calar perante a este acontecimento, daí "decolou" a idéia deste breve e objetivo artigo, falando sobre a dupla e o fim deste namoro que começou problemático !

De fato já nesta 2ªfeira as ações da Embraer na Bovespa(EMBR3) abrirão na baixa, aí abutres e "especialistas" irão dizer que a Embraer é a nossa Engesa (falida empresa de blindados nacionais) de asas.Só que não, fundada em 1969 pessoalmente enxergo um fôlego para mais cinquenta anos no mercado de aviação aonde ela atua, desde que sua direção visualize rumos corretos como em qualquer outro mercado.

Mas falando da Boeing, ela tem seus imensos problemas com a desconfiança sobre o modelo 737 Max em um momento em que foram canceladas várias encomendas do modelo e a aviação em geral aterrizada em uma crise que lembra os tempos do "11 de Setembro".Logo cair fora da parceria com a Embraer é um desinvestimento pois precisa preservar seu caixa neste período turbulento.

Mas para sair fora do negócio, sem mostrar francamente ao Mundo suas fraquezas a Boeing de maneira equivocada saiu da parceria de forma muito deselegante e acredito em um arrependimento no médio prazo, pois Grupos chineses tem interesse no mesmo modelo de negócio com a Embraer no setor de jatos civis regionais.Porém este movimento não deve acontecer agora devido ao cenário mundial atual !

Sinceramente torço muito para esta turbulência na vida da Embraer ser assimilada rapidamente já que na aviação militar as coisas caminham bem com o KC-390 e o A-29 na expectativa dos EUA anunciarem (finalmente) a compra de, no mínimo, 200 unidades para USAF em um mega contrato para a Embraer e a parceria local nos EUA com a empresa Sierra Nevada Corporation aonde é a planta de montagem do A-29 nos EUA desde 2014.

Falando de futuro e no setor de aviação militar, meu preferido, a minha dica para os executivos e gestores da Embraer é o desenvolvimento do setor de aeronaves não tripuladas, nos "conceitos" drone Ala e drone de reabastecimento de outras aeronaves em voô (REV).Nicho no qual a própria Boeing explora com o modelo MQ-25 e é a tendência para baixar custos das forças aéreas mundiais nos próximos 10 anos....logo alí, portanto abre o olho Embraer !!!

Eu fico por aqui, nem só do mar entende o marítimo, espero ter compartilhado uma visão sobre este setor de nossa indústria, na qual sou um eterno e incansável torcedor !