A EMOÇÃO DO PROFESSOR

                               A EMOÇÃO DO PROFESSOR

                                                                                    Brasilio Neto

Alto verão, dentro da sala de aula, a turma conta os minutos para sair. Suas mentes estão dominadas por imagens de sorvetes, bicicletas e mangueiras do jardim ou da piscina do clube, o desenho animado japonês do final da tarde. Aí, a professora começa a passar a lição de casa. Ou simplesmente indica as páginas do livro de exercícios que devem ser preenchidas até o dia seguinte. A turma toda murcha na hora.

Surgem as opções:

 # Chegar em casa, almoçar e ir fazer a lição. Isso, lógico se conseguir vencer a preguiça após-refeição e o chamado da rua. Geralmente, não se consegue.

# Ir se divertir, voltar à tardinha e fazer a lição. Isto é, depois do banho que fica melhor para pensar. Aí vem a hora do jantar. Depois tem aquele programa legal na TV e... daqui a pouco é hora de ir para a cama.

#  A opção que escolhíamos quando criança : fazer tudo apressadamente no ônibus a caminho da escola ou sala mesmo, aquele espaço de tempo que a professora leva para atravessar a sala e dizer “bom dia”.

 Não me lembro de ter tido pensamento positivo a respeito do dever de casa, mas reconheço que me ele me ensinou muito. E a principal lição, vinda do fato de que a escola obrigava os pais dos alunos a darem um visto na lição de casa, foi: se você quer falsificar uma assinatura,  antes . Nada de rabiscar direto no caderno, não vai colar.

Motivo e motivação – A verdade é que a tarefa de casa não precisa ser encarada assim por seus alunos. O primeiro passo é explicar a eles porque eles  devem fazer a tarefa de casa.

Eles precisam saber como aqueles exercícios irão trazer-lhes benefícios, a importância deles na sua educação. Essas razões incluem (mas não estão limitadas).

  • Você estudará mais rapidamente para a prova e suas notas serão possivelmente maiores.
  • Caso surja alguma dúvida, o professor poderá ajuda-lo no dia seguinte. Sem o dever de casa, a dúvida apareceria no dia da prova. Desagradável, para dizer o mínimo.
  • Vai ajuda-lo a prender a administrar o tempo, algo que você vai precisar na sua vida profissional.
  • Vai aumentar seu poder de concentração e auto-disciplina.
  • Vai ensina-lo a trabalhar sozinho.
  • Permite que o professor saiba exatamente como ele está dando suas aulas, e pode melhorá-las.

Caso seu aluno tenha uma atitude negativa em relação ao dever de casa, vai demorar mais para concluí-la. A atitude, a maneira como um estudante vê a tarefa é responsável por 90% de seu esforço para completa-la. O que pode levar a um outro problema.

Ora, se seu aluno fica debatendo horas para terminar uma tarefa de matemática, seus pais podem chegar à conclusão de que ele não leva jeito para matemática, ou o ensino da escola é fraco.

Problemas domésticos – Outro fator que pode prejudicar o andamento do estudo em casa é aquilo que cerca seu aluno.

Existem inúmeras distrações, e o ambiente escolhido para  trabalhar pode não ser mais adequado. Veja a seguir algumas dicas para ajuda-la a montar um pequeno escritório em sua casa.

  • Tenha um local fixo somente para estudar. Este local, além de ser livre de interrupções, ajuda a “programar” a mente do aluno: ele sabe que, toda vez que naquele canto, é hora de estudar. Isso faz com que o estudo se desenvolva mais rapidamente. Não é necessário destinar um cômodo da casa para isso – basta um cantinho especial, bem iluminado e arejado. De preferência que não influa no resto da família. Por exemplo a mesa da cozinha parece ser um local adequado, a não ser que seja disputado entre ao livros do filho e a galinha que a mãe (ou o pai, sejamos atuais) está preparando para a canja de logo mais.
  • O horário é tão importante quanto o local. Ajude-os a estabelecer uma rotina de estudos, escolhendo uma hora normalmente tranqüila e na qual eles rendem mais para dedicar aos estudos domésticos. E, algo que poucos sabem: se o estudo tem hora para começar também deve ter hora para terminar. Assim, eles administram melhor o tempo e acabam rendendo mais. E, na possibilidade de o tempo não ser suficiente, pode-se dar mais cinco minutos para o fato. Não há má vontade que não conceda cinco minutinhos. E, uma vez entretido com o exercício, são poucas as possibilidades de se olhar no relógio, facilitando assim o término da lição.

Também devem ser tomados cuidados com as distrações. Televisão e telefone, lógico, devem ser deixados de lado. Música pode ser liberada, dependendo do tipo de aluno.

ACORDO DE CAVALHEIROS

  • O professor também pode ajudar seu aluno ao impor-se certas regras de tarefa de casa . Se você fizer com que esses regulamentos sejam acordados com todos os professores, melhor. Veja:
  • Passe menos ou não passe tarefa para casa às vésperas de provas de outras disciplinas.
  • Indique materiais de pesquisa: vários livros, revistas, autores. Não há mal nenhum em permitir que, à medida que estuda, o aluno se identifique mais com determinado autor ou estilo. É uma maneira de despertar o prazer pela leitura.
  • Se a quantidade deve permanecer mais ou menos constante, o mesmo não vale para a forma. Varie seus exercícios. Uma série de questões objetivas em dia, uma pequena redação em outra. Dessa forma, você estará verificando o aprendizado (e a quantidade de suas aulas) de forma mais completa

In- Revista Profissão Mestre A emoção de ser professor.Agosto de 2008-http://www.profissaomestre.combr/php/verMateria.php?cod=701                       

 

    

 

 

 

 

           

 

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