O PR do empoderamento feminino ainda é um homem branco padrão
O gênero feminino perdurou por séculos sob o estigma de “ser uma ferramenta de produção”, seja por usabilidade física, inspiração ou assistência, e esta reprodução de comportamento foi capaz de transformar mulheres em fantoches completamente inseguros de si, independente da submissão ou não ao homem.
O empoderamento feminino assustou parte do mundo, e impressione, fomos nós as precursoras da equidade entre homens e mulheres, até a primeira vírgula.
No setor de comunicação, conhecido pela receptividade e versatilidade, vemos uma onda de desempoderamento feminino na qual profissionais descem ou estagnam sucessivamente em cargos de gerência.
E porque?
Avalie, uma pessoa aprisionada as sombras por anos se arriscaria a conhecer o sol? E acrescento, por que ela correria riscos quando as consequências já são predizíveis e lhe certificam um futuro de dor?
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A insanidade feminina deu lugar a uma comunidade de mulheres capazes de enxergar no sol a chance de iluminar as sombras, não as próprias, mas de outras, e então essas queimaduras de pele poderiam se curar facilmente com o placebo de um futuro melhor.
Mas então nos deparamos com uma vírgula.
Sair de sua zona de conforto e provar algo diferente envolve dois sabores muitos distintos sob a perspectiva profissional, o medo e a ambição.
Após os anos de aprisionamento o paladar desesperou-se a saciar. Parte de nós se libertou por meio da sede feminina pelo poder e, instintivamente, nos tornamos predadoras. Enquanto outras incorporaram a sensação de compromisso, almejam crescer nas organizações, mas não por si, e sim para servir com obediência as algemas invisíveis que as assombram.
Hoje criamos espaço para a prisão do medo, não ao homem, mas a nós. Espelhamos a imagem de sermos fortes, impecáveis, sem abertura para errar; nos prendemos a uma nova sombra, criamos nossa caverna com as mesmas características da antiga. E simultaneamente, desafiamos a mesma comunidade de mulheres insanas, empoderadas, a se provarem únicas ao diminuir suas iguais, libertamos nosso egocentrismo uma contra as outras, gerando caos.
Abreviando, em 1970, nós contratamos um sujeito branco e padrão para ser o relações públicas do movimento de empoderamento feminino. Erramos desde o briefing até o prognóstico; está na hora de mudar a estratégia na comunicação, com as mesmas dores que uma mulher negra da periferia saberia dialogar.
Analista III - FP&A
4 aParabéns!! Orgulhosa demais de você!
Comunicação e PR do BMV Global
4 aAdorei, Lara. Parabéns. Orgulho de vc, bjs
Psicóloga | Atendimento Clínico | Atendimento Psicológico | Psicoterapia
4 aParabéns Larissa P.Da Silva ♡ #emponderamentofeminino