Empreender. Você tem medo de quê? De vender, eles disseram.
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Empreender. Você tem medo de quê? De vender, eles disseram.

"Não consigo vender".
"Não sei vender."
"Tenho vergonha de sair vendendo."

Ouço constantemente essa frase de profissionais que vêm conversar comigo sobre empreendedorismo. Não sou uma expert em vendas (embora o faça diariamente). Há muitas consultorias boas nisso. Mas o que posso dizer é que eu acredito - e pratico - na venda que se faz com base no saber, no conhecimento, no talento.

Vamos fazer uma simulação juntos aqui. Você está diante de um cliente e ele te conta uma dor dele na empresa. Você, que tem muita experiência na sua área de atuação, logo enxerga caminhos possíveis para solucionar aquela dor. E, então, começa a dividir suas ideias com o cliente, mostrando a ele a sua capacidade e habilidade para resolver aquela questão. Tenho certeza de que você já passou por isso inúmeras vezes.

E qual é a diferença entre compartilhar um pensamento inteligente e efetuar uma venda? Simples: basta colocar preço no seu pensamento inteligente. Você estará valorando seu conhecimento. E não tem nada de errado nisso. Você está oferecendo uma ideia que sanará a tal dor e na qual você acredita. Do contrário, não teria o ímpeto de dividi-la com o cliente. No entanto, como é de praxe nas relações comerciais, sua ideia tem um preço.

"Mas qual é o preço? Nunca vendi algo assim. Sempre fui da operação. Sempre fiz a entrega depois que o projeto estava vendido", me dizem.

Vale ressaltar que eu também não sou uma especialista em precificação. Aliás, sou de humanas. Mas aqui na Rede TECERE, o critério que usamos nos nossos orçamentos é o "preço justo". Partimos do seguinte ponto: quanto cada profissional acha que é minimamente razoável receber por aquele job? Cada um coloca o seu valor e, a partir desse montante, calcula-se o custo do projeto.

E isso é mais ou menos do que a concorrência cobra? Não sei. Mas é quanto nós pretendemos cobrar para disponibilizar energia, tempo e conhecimento para o trabalho, além de todo cuidado e acolhimento com o cliente. Porque aqui nossas entregas não se tratam apenas de processos, rituais de gestão e produção. Elas abarcam o relacionamento. Portanto, a dedicação não se dá apenas à entrega em si, mas ao outro. 
        

Por isso, nos preocupamos mais em olhar da porta para dentro, no sentido de ter sempre no radar as respostas a perguntas, como:

  • Como eu posso executar a minha ideia para a solução do problema do cliente da melhor maneira?
  • Como eu oriento o time do cliente para que cada integrante envolvido na nossa entrega possa contribuir com o processo de trabalho?
  • Quais rituais e processos devem ser estabelecidos para que o trabalho flua cada vez melhor e de forma mais produtiva e eficiente?
  • Quem são as pessoas que têm mais necessidade de serem ouvidas ou de serem orientadas no processo?

Esses são só exemplos que demonstram como a venda é só uma consequência da vontade de querer fazer bem feito. Ou, segundo nosso lema aqui na TECERE, da nossa vontade de querer fazer mais, melhor e diferente.

Viu como vender não é um bicho de sete cabeças. Te convido a fazer esse exercício e ficarei feliz em saber como você se saiu. Vai lá brilhar e depois me escreve pra contar, combinado?

Viviane Martos

Key Account/Vendas/DOOH/PDOOH/Local MKT/Projetos de experiência

1 a

Eu amooo vender...até porque na verdade negociamos o tempo todo, mas quando o lance é trabalho, fundamental acreditar e ter um propósito forte. Não é um processo unilateral...tem o outro, seus interesses e dores...tem que acolher bem, empatia + valor=sucesso!

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