Empregabilidade: Qual a sua validade dentro de uma empresa?
Nesses dias li o post de um membro da rede, comunicando que havia completado "Bodas de Prata" dentro da empresa. Dei-lhe os parabéns, é um marco e tanto! E muito raro nos dias de hoje.
Esse post me remeteu ao início de minha vida profissional nos anos 80. Ainda naquela época, entrar numa renomada empresa era sinônimo de "estabilidade" e bons salários. Era muito comum ver gente começando por baixo, passando uma vida dentro da empresa e se aposentando em cargos de gerência, direção e até presidência. Não havia a rotatividade que se tem hoje, normalmente as demissões envolviam aqueles que não queriam nada mesmo. Ficar pouco tempo nas empresas não era visto com bons olhos... Os empregados faziam questão de se manter nas empresas, e as empresas em manter seus bons empregados. Até para se comprar a crédito era mais fácil se você fosse oriundo dos "players" da época...
Mas o mundo foi mudando. Globalização, fusões e aquisições de empresas cada vez frequentes. A competição entre empresas se acirrou. Novos concorrentes surgiram. A busca por resultados se intensificou. Quem comprava, nem sempre queria absorver empregados da empresa incorporada. A acomodação dos empregados, que era comum no passado, também mudou, pela busca por melhores salários e posições e por conta das inquietações do mercado. Trabalhar em "renomadas empresas" deixou de ser objetivo para muitos. Empresas foram encolhendo e também mudando de estados. De uma hora para outra aquele seu "bom emprego" deixou de ser bom, ou mesmo deixou de existir.
A relação trabalhista também ficou mais competitiva. Hoje, se não der resultado para a empresa, "você não esquenta banco". Mesmo que anos atrás você tenha sido o "artilheiro do time", o resultado do passado não garante sua posição no presente e muito menos no futuro. E o empregado também, por sua vez, passou a avaliar com outros olhos uma possível mudança profissional, seja por questão de remuneração, seja por questão de satisfação na empresa, ou mesmo um novo desafio profissional. Principalmente quando ele se sentia descartável.
A realidade é que hoje as duas partes "não esquentam banco". Para que a validade de um empregado seja longa, é necessário que ele se supere a cada dia, sempre entregando os melhores resultados para a empresa e mostrando-se imprescindível para o negócio. E a empresa deve respeitar e motivar o empregado, para que ele se sinta "o cara" e não apenas uma peça que pode ser removida a qualquer momento.
A sua validade dentro da empresa é você quem faz! Pode durar 1, 2 , 5, 10, 30 anos, só depende de você.