Empresas estruturadas
Muito se fala sobre o quão importante é a estruturação de departamentos numa organização. Linguagem clara e direta, metas bem estabelecidas, avaliação de desempenho e feedback são alguns dos pontos positivos dessa ferramenta que tem por objetivo o direcionamento organizado do capital intelectual em busca do objetivo central, o lucro da organização.
A atuação estratégica de uma organização não apenas se traduz em atividades a serem desempenhadas na busca do objetivo comum, mas também a forma de como a empresa se relaciona em seu ambiente interno, ou seja, colaboradores, departamentos, acionistas e demais stakeholders.
A estruturação adequada de departamentos não é uma métrica moderna e sim, crucial na busca de resultados pois toda a atuação da empresa precisa ser planejada, difundida, implementada, medida, controlada e melhorada em todo o ciclo de existência da empresa.
Mas por que ler um artigo que trata de uma ferramenta comum aos dias atuais? A resposta é simples, por que ainda existem muitas organizações que ainda não são adeptas a essa ferramenta de gestão. Não abordarei os diversos motivos que fazem com que empresas não sejam adeptas a estruturação de departamentos e sim a alguns obstáculos a serem superados:
1° Achismo – se não há dados relatados e devidamente analisados, a base para a tomada de decisão será através de experiências anteriores e aspectos técnicos e culturais pré adquiridos, ou seja, via assimilação ou tentativa e erro. Você pode estar diante de uma situação onde você precisa definir prazos e por falta de tempo acaba não mensurando adequadamente, porém o resultado dessa atitude será a discrepância entre programado e realizado por haver variáveis ocultas não consideradas e isso acarretará na perda de credibilidade do seu trabalho ao longo do tempo.
2° Avaliação – se não há dados analisados, não haverá medição e valorização do potencial intelectual. Nesse cenário, o foco será apenas no cumprimento das rotinas e não na superação de expectativa como por exemplo aumento da eficiência, redução de custo... pois tais resultados serão entendidos como algo obrigatório, ou seja, mandatório do cargo e sem prestígio. Novamente destaco a necessidade de avaliação, mas de forma própria e particular afim da identificação dos seus resultados obtidos e quão importante é para a empresa. Esses dados podem ser apresentados de forma direta ao seu superior imediato afim de obter feedback.
3° Centralização – se as decisões são tomadas com base em experiências e aspectos técnicos ou culturais adquiridos, prevalece a decisão e controle do mais experiente, ou seja, não há possibilidade de relevar outras opiniões pois a experiência se sobrepõe a qualquer informação que advenha de um colaborador menos experiente independente de fatos consistentes. Se a decisão lhe afeta diretamente, participe apenas de forma colaborativa apresentando dados caso solicitado e não compartilhe os resultados obtidos para não entrar em situação de afirmação ou negação compulsória.