A Enfermagem do Brasil pode acabar!

A Enfermagem do Brasil pode acabar!

O avanço tecnológico e a mudança nos processos de economia, administração e gestão no mundo têm provocado uma mudança de postura de nas organizações, sejam elas empresas privadas ou instituições públicas.

No segmento saúde não é diferente, e a categoria de maior representatividade absoluta em qualquer nosocômio, nem sempre é encarada pelos usuários dos serviços de saúde como uma profissão com horizonte de evolução tecnológica e autônoma.

Nesse momento de tantas transformações é importante refletir sobre uma profissão que abarca conceitos e tradições do século passado. O desafio para a Enfermagem no Brasil perpassa pela desafio de fazer uma profunda revisão dos antigos arranjos institucionais, de conceitos e dos valores. A Enfermagem brasileira, desde seu nascimento, foi encarada por muito tempo como uma profissão empírica, de menor expressão e com profissionais com perfil tarefeiro e pouco crítico. Para que ocorra uma mudança dessa realidade nos dias atuais é preciso "romper" com estes conceitos, fazendo uma verdadeira revolução de conceito e de perspectiva.

Mas como conseguir juntar as duas partes (antigos arranjos e tradições x a mudança de perspectiva)? A reposta deve pautar na adesão dos profissionais! Além das dificuldades e restrições de uma categoria segmentada, o profissional dito "líder" (o Enfermeiro) não recebe, necessariamente, em sua formação acadêmica atributos que os qualifiquem e os estimulem a desenvolver o senso crítico. Essa realidade reverbera no meio laboral pela falta de empowerment.

Uma mudança disruptiva com o "modelo do passado", consiste em ir além da adesão dos profissionais em uma nova perspectiva, se pressupõe tangibilizar os conhecimentos científicos, potencialidades e know-how, canalizando para gerar um novo perfil desse profissional, tanto no meio profissional, como para os pacientes e familiares.

"Se mudarmos a realidade local de uma profissão ou categoria, de maneira sistemática e disruptiva, estaremos gerando profissões de alto impacto"

A ideia para "acabar" com o modelo atual é desconstruir a lógica do paradigma do empirismo e falta de lógica científica (do século passado) e propor um fundamento novo por meio da geração de conhecimento científico e empowerment, canalizando esta categorias de profissionais para elevação de sua performance e reconhecimento. Começando pelo engajamento dos Enfermeiros em se ressignificarem como líderes e membros ativos das equipes transdiciplinares.

Dessa maneira, uma nova Enfermagem brasileira avança para o novo século. Com horizonte de valorização profissional e (re)estabelecimento no mercado. Não há mais espaços para os GAPs de leis deficitárias e posicionamento passivo/tarefeiro por parte de profissionais que tanto fazem a diferença para os pacientes, para as equipes e para as instituições. Profissionais que fazem a diferença para o país.


Um grande desafio para os profissionais da atualidade. Excelente reflexão!

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