Ensine encorajando.

É interessante como podemos aprender com nossos filhos. Estava conversando com minha filha Isabelly, de 14 anos, quando sou surpreendido pelo desenrolar da conversa. Ela, de forma totalmente espontânea e carinhosa me dá um “feedback” (entre aspas pois também poderia chamar de puxão de orelha). Ouvi atentamente e processei as informações que recebi naquele momento.

Passados alguns instantes e ainda refletindo sobre o que eu havia escutado me dei conta do ocorrido. Fiquei com sentimento de orgulho.

Atuo como Educador Corporativo no curso GDP: Gestão de Desempenho Profissional onde um dos tópicos abordados é Feedback.

E o Feedback menos usual é o ascendente, ou seja, do subordinado para o superior hierárquico. E ali, conversando com minha filha havia recebido esse feedback. Ela sem nenhuma pretensão me deu uma aula e sem conhecimento técnico teve: objetivo, respeito, clareza na argumentação, momento apropriado e, foco no problema e não na pessoa. O orgulho sentido foi tanto pela excelência do feedback quanto pela coragem de minha filha.

Não é agradável ouvir apontamentos sobre nossas ações/atitudes. Mas, é necessário para nosso crescimento pessoal e profissional. Em um primeiro momento não disse nada, somente ouvi, processei aquelas informações e depois a chamei para conversar. Falei do orgulho que sentia dela e disse que poderia não concordar com o que ela havia me dito (que não era o caso nesta situação), mas que ela tinha todo o direito de me falar a sua percepção e me comprometi a agir diferente.

Depois, me lembrei que havia proposto anteriormente para minha equipe que cada um me desse um feedback de aprimoramento, com consequente registro na GDP. Assim, poderíamos exercitar o feedback, o registro de anotações na GDP bem como melhorar o acompanhamento. E foi muito proveitoso.

Nenhuma palavra é mais forte do que atitudes, mas não tem nada mais forte do que palavras com atitudes.

Rodrigo Leonardo Ribeiro,

Pai e Educador da Universidade Corporativa Banco do Brasil