Então, é Natal, e o que você não conseguiu fazer este ano, poderá fazer no ano que vem... ou não
A magia do Natal paira no ar. As luzes cintilantes pelas ruas das cidades, as músicas da época contagiando – no bom e no mau sentido – os ambientes das lojas, o aroma de panetones nas padarias e a expectativa de um novo ano se misturam em um coquetel de emoções. É tempo de reflexão, de celebrar conquistas e de fazer planos para o futuro. Mas, e aqueles sonhos que ficaram para trás? Aquelas metas que não foram realizadas.
O fim de ano sempre carrega consigo um misto de realização, nostalgia e esperança. A frase clássica “Então, é Natal”, eternizada na voz da cantora Simone, muitas vezes, faz-nos refletir sobre o que foi realizado ao longo dos meses que se passaram e, principalmente, sobre aquelas metas que ficaram pelo caminho. Será que temos, de fato, a chance de realizar no próximo ano tudo aquilo que deixamos de lado neste?
Fazendo um balanço do ano que passou
O final de ano é o momento perfeito para fazer um balanço de tudo o que vivemos. Quais foram os nossos maiores desafios? Quais foram as nossas maiores vitórias? O que aprendemos com cada experiência? Ao responder a essas perguntas, podemos identificar onde acertamos, onde erramos e o que precisamos melhorar.
As promessas feitas na virada do ano passado para este ano ainda ecoam em nossas memórias: aprender um novo idioma, viajar para aquele destino dos sonhos, começar uma rotina de exercícios ou até mesmo encontrar um tempo para hobbies esquecidos ou novos. Entre o desejo e a realidade, frequentemente, surgem obstáculos inusitados. É natural sentir um pouco de frustração com as metas que não foram realizadas.
A vida é cheia de imprevistos e, muitas vezes, os nossos planos são alterados por circunstâncias além do nosso controle, bem como por forças internas que não conseguimos controlar ou desconhecemos. A rotina puxada do trabalho, imprevistos familiares, doenças ou, simplesmente, a procrastinação, também atrapalham muito os nossos planos.
No entanto, é importante lembrar que o insucesso não é o fim, mas, sim, uma oportunidade de aprendizado. Logo, não devemos nos prender ao que não foi feito com um sentimento de fracasso. Cada objetivo não alcançado carrega consigo um aprendizado, uma oportunidade de entender melhor os nossos limites e prioridades.
Então, o que levar para o próximo ano?
Enquanto a contagem regressiva para o novo ano começa, somos tomados por uma nova energia. É a esperança que se renova, a vontade de tentar novamente. A sensação de um recomeço é poderosa. O calendário zerado parece nos dar uma folha em branco, pronta para ser preenchida com novas histórias e conquistas.
Talvez, aquele curso de inglês que ficou de lado possa ser retomado com mais planejamento e dedicação. A viagem dos sonhos pode ganhar um novo roteiro, adaptado às circunstâncias atuais. A rotina de exercícios, quem sabe, encontre um horário mais flexível na agenda. E os hobbies? Podem ser redescobertos com um olhar mais leve e despretensioso.
Ao olhar para o futuro, é importante definir novas metas e objetivos. Mas como fazer isso de forma realista e eficaz? A seguir, algumas dicas:
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O que deixar para trás?
Perdoar a si mesmo e aos outros é um passo importante para seguir em frente. Da mesma forma, aprender com os erros do passado é imprescindível para construir um futuro melhor.
O Ano Novo é um convite à renovação. Além de definir novas metas, é valioso deixar para trás tudo aquilo que nos pesa e impede de seguir em frente. Isso inclui relacionamentos tóxicos, hábitos negativos e crenças limitantes. Provavelmente, para resolver alguns desses problemas, será fundamental a ajuda de outras pessoas, como familiares, amigos, professores, personal trainers e psicólogos.
Ao deixar para trás tudo aquilo que não nos faz bem, abrimos espaço para novas oportunidades e experiências.
Mas e se...?
No entanto, é preciso considerar: e se as metas não forem realizadas, novamente? O ciclo de promessas e frustrações se repete? A resposta pode estar em como encaramos nossas expectativas e, em especial, em como lidamos com as adversidades.
Ao invés de metas rígidas, que tal pensar em direções? Direcionar-se para um objetivo com a mente aberta para mudanças e adaptações. Entender que o caminho pode ser tão valioso quanto o destino. Se algo não der certo, aprender a ajustar as velas, ao invés de simplesmente abandonar o barco.
Viver o presente e contemplar a beleza da jornada
Não raro, ficamos tão preocupados com o futuro que esquecemos de aproveitar o presente. A vida é feita de momentos, e cada um deles é único. Aproveitar cada segundo, celebrar as pequenas alegrias e viver intensamente cada experiência é importante.
A vida é uma viagem de um contínuo aprender e adaptar. Isto posto, é preciso contemplar cada paisagem e cada curva da estrada. A beleza está na jornada, não apenas no destino. Cada dia traz novas oportunidades e desafios. O importante é manter-se em movimento, valorizando as pequenas conquistas, sem se prender aos obstáculos que surgem.
Então, é Natal...
E se algo não deu certo este ano, saiba que a possibilidade de tentar novamente é um presente do Universo. Mas, acima de tudo, saiba valorizar cada passo da jornada, independente da onde você queira chegar. O próximo ano é uma nova chance, mas a beleza da vida está em como trilhamos nosso caminho, dia após dia.
O Natal é um momento de renovação e esperança. Assim, desejo-lhe que este Natal seja um ponto de partida para uma nova jornada. Que o próximo ano traga não apenas a realização de metas, mas o aprendizado e a aceitação de quem você é. Porque o que importa, realmente, é fazer um novo começo e deixar para trás tudo aquilo que não serve mais.
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3 dExecelente artigo !
Professora do Departamento de Psicologia da UFRN
3 dQue artigo maravilhoso. Obrigada por compartilhar, Albirio Gonçalves.