As entidades e a inovação
Durante 8 anos, fui Diretor voluntário na Fiesp atuando na Central de Serviços mais diretamente nas ações de fortalecimento sindical. Ao contrário do que muitos pensam sindicatos não existem apenas para cobrar a contribuição, mas sim para representar empresas (caso dos patronais) em diversos temas, ter interlocução com o governo e negociar com as entidades laborais ( que defendem o interesse da classe trabalhadora).
Na época, participei ativamente de vários projetos, liderei alguns com aval do Diretor titular e foi uma fase de muito aprendizado.
Porque estou escrevendo isto aqui?
Porque para mim, a próxima barreira a ser vencida pelas entidades é a inovação.
Como empresário, sou associado a três entidades de classe. Duas de meu setor e uma generalista.
São raras as vezes em que recebo dicas de inovação.
Há parcerias pra todo tipo de coisa, mas inovação mesmo é raro.
Entidades tem uma essência política, muita regulamentação pra dar atenção, não é simples para eles também. Mas hoje em dia, sem está atuação perderão a força que lhes resta.
Trazer empresas pra arena digital de forma efetiva através da capacitação de seus líderes é pra ontem.
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Gestores de entidades que deem exemplo neste sentido são muito bem vindos, já aqueles que resistem bravamente precisam rever seus conceitos.
Em 2014, em uma reunião da diretoria, eu sugeri que as entidades tivessem suas publicações nas redes sociais, que envolvessem suas comunidades de empresários e até de trabalhadores, mostrassem seu trabalho, contassem sua história.
Um colega de mesa respondeu.
"Ah, então você propõe que o Síndicato esteja no Facebook? Só pode estar brincando".
Eu sorri, me desculpei, me despedi e pedi demissão do cargo. Meu tempo ali havia se esgotado.
Eu sou muito grato por tudo, hoje vejo que eles entenderam, não necessariamente por mim, mas fico feliz.
Mas de fato. Se não há inovação sendo praticada por quem representa, não devemos esperar que haja no setor representado.
Espero ter contribuído...
Desenvolvimento de Corretores de Seguros para atingirem seus objetivos como empresários, vendedores, consultores, gestores em suas empresas corretoras de seguros.
2 aEu me empatizei com o seu artigo; coincidentemente também optei naquele momento em 2014 em não continuar em nosso SINDICATO.