Entre Mestres e Pesadelos: Lições de Liderança ao Longo da Minha Carreira

Refletindo sobre minha trajetória, percebo que tive uma sequência quase inacreditável de líderes excepcionais: a maioria dos meus chefes foi composta por verdadeiros mestres em liderança. Quem diria que o caminho seria trilhado ao lado de pessoas que, em vez de gritar ordens, preferiam orientar, depositar confiança (às vezes até demais) e, em alguns casos, soltar aquela piada sem graça que acabava tornando o dia mais leve?

Cada um deles, com suas singularidades, deixou uma marca definitiva e profunda no meu crescimento profissional. Um me ensinou que o verdadeiro feedback construtivo constrói, não destrói, e que pode vir acompanhado de um sorriso genuíno. Outro demonstrou que decisões difíceis não precisam ser atos solitários, dignos de um drama; podem ser enfrentadas com a informalidade de uma conversa honesta e uma xícara de café. Além disso, tive o privilégio de trabalhar com um chefe cuja agilidade mental e habilidade em resolver problemas eram simplesmente notáveis; ele estava sempre preparado para enfrentar desafios com uma eficiência quase cirúrgica e uma clareza que inspirava confiança. E, claro, todos eles reforçaram que um ambiente de trabalho saudável é erguido sobre pilares de respeito mútuo, colaboração sincera, e, quando possível, um toque de leveza que humaniza as relações e faz toda a diferença.

Agora, do outro lado da moeda, o pior chefe que já tive foi como um teste de sobrevivência em um reality show corporativo. A liderança era com a sutileza de um rinoceronte numa loja de cristais, e sua comunicação era tão clara quanto uma neblina densa. A tática preferida? Ameaças. Se houvesse um prêmio para criar o ambiente de trabalho mais tenso e desmotivador, ele ganharia com facilidade.

Cada dia era uma espécie de "Jogo do Medo", só que sem a parte divertida dos filmes. Eu me sentia em constante estado de alerta, como se estivesse participando de uma gincana insana onde o prêmio era simplesmente chegar ao final do dia com a sanidade intacta.

Mas, por mais surreal que fosse, essa experiência acabou sendo uma das fases mais transformadoras da minha vida. Fui forçada a sair da minha zona de conforto, como se tivesse sido empurrada de um trampolim sem aviso prévio. Tive que aprender a tomar decisões rápidas, a me posicionar de forma mais assertiva e, o mais importante, a desenvolver uma casca grossa digna de uma tartaruga de Galápagos.

No meio de tudo isso, descobri que a verdadeira liderança não tem nada a ver com intimidação ou grosseria. Pelo contrário, liderar é inspirar e guiar com respeito e empatia. Eu poderia ter saído dali traumatizada, mas acabei saindo com uma coleção de lições valiosas – e boas histórias para contar.

Então, embora esse chefe tenha sido uma espécie de pesadelo em forma de ser humano, a experiência me ensinou a importância da resiliência e me preparou para qualquer desafio, seja ele um novo projeto complicado ou simplesmente sobreviver a outro chefe peculiar. E, claro, se eu escrever um livro de memórias, ele ganhará um capítulo só dele – talvez até uma trilogia!

Marcos MadureiraRodrigo CicuttiRodrigo Augusto Vidigal de LimaClaudia Albuquerque

DALTON HAYAKAWAFlavia da JustaFlavia Maria BittencourtTricia CristilliSany Silveira