entrevista Anderson Di Rizzi: “Algo muito bom está por vir.”

entrevista Anderson Di Rizzi: “Algo muito bom está por vir.”

por Warlen Pontes

Como é delicioso rever seu José Francisco Leitão, o Zé dos Porcos, personagem de alma nobre, gestos simples e coração apaixonado, interpretado pelo admirável campineiro Anderson Di Rizzi, na novela ‘Êta Mundo Bom!’, cartaz do ‘Vale a Pena Ver de Novo’, e que reconquistou crianças, jovens e adultos.

Em entrevista ao portal TV a Bordo, o ator revela as suas cenas favoritas do folhetim de Walcyr Carrasco, conta um pouco dos bastidores das gravações da Fazenda D. Pedro II, também sobre o que tem feito em meio à pandemia e, por fim, deixa uma mensagem toda especial aos seus fãs.

Senhoras e senhores, Anderson Di Rizzi.

TV a Bordo – Antes de entrarmos nas perguntas sobre “Êta Mundo Bom!”, você esteve recentemente em ‘A Dona do Pedaço’, vivendo o Márcio, sexto personagem criado pelo Walcyr Carrasco para você. Qual é o balanço que você faz sobre a novela? Tenho uma curiosidade, comeu muito bolo da Maria da Paz (Juliana Paes)? Qual era o seu bolo favorito?

entrevista Anderson Di Rizzi – Foi uma novela muito especial, a terceira das nove que eu fiz, e ainda estar naquele núcleo com a Juliana (Paes), uma pessoa incrível e muito generosa! A gente fazia muitas cenas juntos. O meu bolo favorito era o de coco queimado, toda as vezes que tinha, eu sempre pegava um pedaço. Foi muito gostoso e muito divertido de fazer. 

TV a Bordo – Agora vamos falar sobre ‘Êta Mundo Bom!’. Anderson, a novela foi um sucesso estrondoso em sua primeira exibição e, agora, voltou a bater recordes de audiência. Como recebeu a notícia de sua volta? Qual é o segredo do sucesso da obra?

entrevista Anderson Di Rizzi – ‘Zé dos Porcos’ é um dos personagens que eu mais gosto. A gente falava (na época) junto com a Savala, que aquela família da roça, da casa, tinha que virar uma série. Eram tantas histórias engraçadas envolvendo todo mundo, todos os personagens muito bem criados. E agora ter uma novela reprisada para mim é inédito! É a primeira vez. Tem cenas que eu não lembro mais… outras eu lembro. A Helena (minha filha) agora me vendo… tem cenas que eu deixo ela vê. Ela tem três anos e se diverte muito! É um tema para o atual momento muito importante, “tudo acontece de ruim é para melhorar.”, então, eu acho que vale muito a gente considerar, e que eu acredito também, que algo muito bom está por vir. Eu também sou muito otimista. 

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TV a Bordo – Anderson, como se preparou para viver o Zé dos Porcos? Se inspirou em alguém? Qual é a importância do Zé dos Porcos em sua carreira?

entrevista Anderson Di Rizzi – Eu sempre “bebo muito” de Mazzaropi. Eu fiz um personagem próximo com o sargento Xavier de ‘Morde & Assopra’. Eu também fui “beber” na fonte de Chaplin, Irmãos Marques. Eu fiquei lá na roça com o pessoal de Piracicaba (risos) pelo menos uns dez dias de novo, cuidando dos porcos, dos galos ali com eles e tal… não cheguei a dormir lá. Dormia num hotel e acordava pela manhã e ia para lá. Fiquei um tempão relembrando o sotaque, trabalhando o sotaque. Fiz um trabalho corporal com a Bia Szvat, que é a minha preparadora corporal. Fiz um trabalho longo de corpo, para trazer um corpo diferente do outro, que foi o Xavier. Um personagem que tenho um carinho enorme, e da novela também!

TV a Bordo – Quais são as cenas do Zé dos Porcos que você colocaria num top 3?

entrevista Anderson Di Rizzi – Tem duas cenas, na verdade, que gosto muito dele. Quando a Mafalda (Camila Queiroz) pede para ver o cegonho dele, que é uma cena que eu gosto muito. O cegonho virou um outro personagem da novela, e fez muito sucesso. A outra cena é quando o “Zé dos Porcos” está de greve. Ele está no lago, deitado (risos), no meio do mato… e a Cunegundes (Savala) e o Quinzinho (Ary Fontoura) vão tirar satisfação com ele, porque ele está “nas greve” (risos). (print abaixo)

foto Globoplay / em cena, Anderson Di Rizzi (Zé dos Porcos), Ary Fontoura (Quinzinho) e Elizabeth Savala (Cunegundes)

TV a Bordo – Vamos falar do núcleo da Fazenda D. Pedro II? Além de contracenar com monstros sagrados da dramaturgia brasileira, Ary Fontoura, Elizabeth Savalla, Flávio Migliaccio e Rosi Campos, entre outros, a diversão ali era garantida e o público se divertia também. Por essa linha, acredito que deve ter proporcionado momentos hilários de bastidores. Pode contar algum deles?

entrevista Anderson Di Rizzi – Era uma escola, outra faculdade que eu fazia ali. Aprendi muito com eles. Você acha que essa galera consagrada que está há muitos anos na TV não gosta de passar texto? Muito pelo contrário! Eles adoravam passar o texto, trabalhar a cena, a gente criava coisas juntos, tínhamos ideias. Todos ali muito humildes. O Flávio, nossa! Tenho muitas saudades do Flávio Miggliaccio. A gente fazia muitas cenas juntos. A Savala já foi a minha sogra em ‘Amor à Vida’, mãe da Waldirene (Tatá Werneck). Gosto muito da Savala, a gente se dá muito bem. Eu e o Ary a gente se fala sempre, meu amigo. A gente é muito próximo. Vai ao aniversário da minha filha, mando mensagem para saber como ele está… Isso tudo reverbera em cena. Muito orgulho mesmo de ter feito parte desse núcleo. Tinha cena que eu tinha pouco fala, e eu ficava no meu cantinho só vendo, só aprendendo. 

TV a Bordo – Vamos falar do isolamento? Como tem passado esses dias?

entrevista Anderson Di Rizzi – Desde o começo, a gente foi para Itu com as crianças num condomínio isolado no meio do mato. Eu tenho uma casa lá. E, agora, depois de quatro meses (mais ou menos) a gente começou a sair um pouco, ficar mais em São Paulo, seguindo todos os protocolos, cuidados, sobretudo, porque os meus pais são idosos e tenho ido a Campinas para vê-los. Trabalho, por enquanto, é um pouco aflito pelo que vem por aí na minha profissão, mas, ao mesmo tempo otimista de que tudo vai melhorar daqui a pouco. 

TV a Bordo – Qual é a mensagem que você deixaria para as pessoas neste momento tão difícil de pandemia?

entrevista Anderson Di Rizzi – Acreditem que isso que está acontecendo é uma limpeza que está sendo feita. Imagina uma casa suja que você entra, você vai tirando àqueles lençóis em cima dos móveis, vai batendo ele… aquele pó vai saindo. Você vai varrendo, tirando toda aquela sujeira… daqui a pouco você vê a casa limpinha, cheirosa, e você vai aproveitá-la muito mais! Acho que precisava desse chacoalhão na humanidade. Eu via muito egoísmo, as pessoas pensando muito nelas mesmas. Tudo pelo dinheiro, pelo poder. Falta espírito de coletividade. A gente tem que pensar no próximo. A gente tem que ter mais amor ao próximo, mais respeito ao próximo. Isso falta. Hoje em dia você tem que ter cuidado. Se a gente não usar máscara vai prejudicar o outro e até uma pessoa que está dentro da sua casa. De certa maneira você também está pensando no próximo. É um chacoalhão também para a gente aproveitar mais o momento. A gente sempre vive chorando o que passou e aflito com o que vem pela frente. A gente não consegue mais fazer planos, você não sabe. 

TV a Bordo – Por último, gostaria que deixasse uma mensagem especial aos fãs de Anderson Di Rizzi.

entrevista Anderson Di Rizzi – Eu vejo hoje, pela repercussão de ‘Êta Mundo Bom!’, como não posso ficar tirando fotos, eu vejo na internet, principalmente, pessoas muito próximas. Eu tenho muito gratidão e muito respeito às pessoas que têm uma admiração pelo meu trabalho, porque são elas que fazem com que o nosso trabalho aconteça. Sem elas não tinha o porquê de a gente estar ali fazendo a novela. O meu público, graças a Deus, é muito legal. Eu tenho senhores de idade, tem uns velhinhos que me adoram, que eu fico… (Nossa! Dá vontade de apertar, de abraçar). Tem as crianças também que gostam do meu trabalho. Eu só tenho o que agradecer. Eu sempre faço questão quando alguém se aproxima, e percebo que ela quer tirar uma foto, e ela não pede… e eu falo “você não quer tirar uma foto?” Porque ela só fala: “eu sou sua fã, seu fã. Adoro o seu trabalho!”. Poxa, obrigado, e não fala nada. “você não quer tirar uma foto para ficar de lembrança?”, – “ah, eu quero!”. Tem gente que fica com vergonha, né?

Então você já sabe, se encontrar o Anderson, pode tirar uma foto de recordação, será prazeroso para ele, e para nós, também, que admiramos o seu talento! Parabéns pela pessoa incrível que é!

Agradecimento especial à Mariana Meireles


Regina Alice Conte

Profissional de Administração, Atendimento, Educação e Estética

1 m

Um ator talentossimo, mais estou muito decepcionada, pois vi ele na empresa Eu na Europa, uma empresa de má reputação que destruíram os sonhos da minha família que contratamos para fazer a nossa cidadania italiana, mentiram, enganaram,não protocolaram conforme tinham dito, nãos fazem nosso distrato e tão pouco devolvem nosso dinheiro, empresa sem credibilidade, enganaram muitas famílias e continuam mentindo.

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