Equidade e consciência: os aprendizados que dão voz às pessoas
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Equidade e consciência: os aprendizados que dão voz às pessoas

Você aceitaria uma promoção no trabalho por ser mulher? No passado, eu responderia prontamente: “nem pensar”. Hoje em dia, após elevar meu nível de consciência sobre o tema, não tenho problema algum em ser reconhecida profissionalmente por ser mulher, muito pelo contrário, é motivo de orgulho e satisfação. O tempo e a experiência me proporcionaram algo realmente importante. Busquei conhecimento, ouvi mais as pessoas, inclusive as que não fazem parte da minha rede de relacionamento habitual, e entendi o real valor da representatividade e de ter mais mulheres em posições de liderança. Aprendi que os avanços em questões de diversidade, inclusão e equidade acontecem a partir de uma visão do coletivo: é responsabilidade de cada um multiplicar as boas práticas e auxiliar a transformação no ambiente corporativo e na sociedade.

Como mencionei, nem sempre tive esse nível de consciência. No início da minha trajetória profissional, notei a disparidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, mas ainda apenas como observadora. Talvez por nunca ter vivenciado diretamente uma situação de discriminação ou desigualdade.

Com os anos, ao assumir cargos de liderança, me dei conta de que não se trata apenas da minha perspectiva, mas, principalmente, de como cada mulher responde por todas. Essa consciência pode ser acelerada em empresas onde as discussões sobre equidade, diversidade e inclusão são naturalizadas. Por isso, pode-se dizer que os processos individuais e coletivos caminham juntos. De minha parte, o que posso fazer para amplificar a voz das mulheres e tornar o mundo mais igualitário, influenciando outras pessoas? Este é o compromisso!

Como mencionei em artigos anteriores, ter participado do Programa de Liderança Feminina da MSD em 2021, ministrado pela Universidade de Cornell, aguçou meu processo de autoconhecimento e de crescimento pessoal e profissional. Uma das pesquisas analisadas durante o curso, por exemplo, aponta que uma mulher só se sente preparada para uma nova posição quando tem certeza de que possui 100% das habilidades solicitadas para o cargo. Com um homem, isso não acontece – ele se sente confiante para se candidatar a uma vaga ao preencher 40% dos requisitos esperados. Dados como esses me ajudam a refletir sobre o meu papel na construção de um ambiente mais inclusivo, para a minha equipe e os colegas da MSD Saúde Animal, e como posso suportar e estimular outras pessoas a terem voz, trazendo para a discussão temas como esse. Cada um de nós é fundamental nesse processo!

 Gênero não define competência

Considero meu time um exemplo prático de como diversidade e inclusão são fundamentais para a inovação, alta performance e prosperidade individual e do grupo. Somos pessoas de idades, formações, backgrounds e ideais diferentes. Somos todos apaixonados pelo que fazemos! Diariamente, oriento o time de forma individualizada, ou seja, avaliando o perfil, as expectativas, os talentos e as habilidades que podem ser aperfeiçoadas, o que colabora para o crescimento pessoal e, consequentemente, para a força da equipe. Como resultado, somos reconhecidos pela proatividade, excelência e criatividade nas questões do dia a dia. Recentemente, assumi o cargo de Diretora da área de Conectividade & Desenvolvimento e um de meus compromissos é continuar incentivando esse grupo tão talentoso de pessoas a sempre evoluir, sendo sua melhor versão.

Tenho orgulho das mulheres que estão ao meu lado nos desafios diários. Mas, é claro que o gênero por si só não é fator determinante de desenvolvimento. Dedicação, comprometimento, integridade e vontade de aprender são qualidades que, como líder e gestora, busco e valorizo.

Nesse cenário, sinto-me muito apoiada pela companhia. A MSD Saúde Animal tem investido fortemente em diversidade e inclusão. Entre dezenas de iniciativas, criamos o MBA Executivo em Liderança e Desenvolvimento do Potencial Humano. Neste ano, oferecemos bolsas a profissionais do mercado: 20 delas, totalmente gratuitas, destinadas a afrodescendentes - quase na totalidade, preenchidas por mulheres. O Programa de Liderança Feminina, em Cornell (EUA), é um exemplo do incentivo importantíssimo dado pela empresa para o fortalecimento de uma rede global de mulheres em posição de liderança, bem como os grupos de discussão formados por colaboradores, entre eles o Women’s Network.

Ser um líder inclusivo e consciente da necessidade da constante busca por equidade social em vários âmbitos é o primeiro passo para a mudança que queremos ver na sociedade. Acredito no protagonismo de cada um, sobretudo na capacidade dos gestores de engajar e promover a transformação no mercado de trabalho. Somente atuando na estrutura e nos valores que norteiam vieses inconscientes, comportamentos de discriminação e intolerância conseguiremos consolidar uma cultura de diversidade, equidade, inclusão e verdadeiro senso de pertencimento, com cada colaborador podendo ser quem realmente é.


Maravilhoso! Concordo “gênero não define competência” 💪🏻

Delair Angelo Bolis

Managing Director, AVP na MSD Saúde Animal para o Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia | Presidente do SINDAN | Apaixonado pelos animais, pessoas e suas histórias, mais interessado do que interessante

3 a

Que ótimo artigo e reflexão Shine! Parabéns!

Moises Calvo

Gerente de Treinamentos na MSD Saúde Animal

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Parabéns Patrícia Shine, bela reflexão e com um olhar cuidadoso, que é umas de suas principais qualidades, trazendo o protagonismo a partir de quem cada um é, aproveitando e estimulando nossas melhores versões todos os dias! Gratidão pelo texto e pela sua liderança inspiradora!

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