A equidade racial é um papel de todos nós. Por quais mudanças no mundo você quer ser lembrado?

Chegamos a mais um 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Data para reforçar a reflexão, que deve ser diária, sobre os caminhos que seguimos em busca de um país e uma sociedade cada vez mais igualitários do ponto de vista racial.

Ano passado eu já escrevi sobre esse tema por aqui e aproveito para, novamente, usar este momento para refletir junto com vocês sobre esta jornada, que é de todos nós. 

Olhando para trás, percebo que já evoluímos, a exemplo dos recentes dados publicados sobre o aumento expressivo do percentual de negros nas universidades públicas brasileiras. Vejo também o fortalecimento de ações afirmativas dentro do mundo corporativo. Há alguns anos era praticamente impossível ouvirmos discussões tão abrangentes, abertas e importantes sobre as questões raciais. Em contrapartida, ainda estamos longe do ideal. 

Fazendo um recorte no ambiente organizacional, ainda são muitos os desafios: atração, retenção, culturas organizacionais realmente inclusivas, processos que considerem que pessoas partem de pontos diferentes nesta jornada; é preciso que estejamos atentos e conscientes disso para, aí sim, promovermos mudanças efetivas.

Entender a melhor maneira, por onde começar ou continuar, depende de tomarmos consciência da estrutura que baseia as questões raciais e seus impactos nos mais diferentes cenários. Uma vez conscientes, precisamos encarar as mudanças de frente e nos sentirmos parte da solução. 

Não se faz inclusão sem equidade e não se pratica equidade sem conhecimento e coragem. Coragem para se conectar com pessoas diferentes e conhecer realidades distintas, conhecimento para entender o que, de fato, promoverá transformação. 

20 de Novembro não está aqui à toa, mas sim, para nos lembrar que a jornada rumo à igualdade racial é longa. E eu me vejo nesta longa caminhada, ao lado de pessoas que também estão conscientes de que esse é um benefício para todos nós. 

Lá na frente, espero perceber que o grupo que compartilha essa caminhada só cresceu.

E você, aonde se vê nesta jornada?