Ergonomia Participativa
Autor da compilação - Julio Perkowski Domingos
Olá pessoal, tudo certo?
Voltando a postar mais um material aqui. Nesse artiguinho, vou escrever um pouco sobre Ergonomia Participativa, também sobre a importância dela nas organizações e como ela reflete a necessidade de várias áreas/processos gerenciais dentro de qualquer empresa.
Vamos lá.
Antes de relatar a Ergonomia Participativa, vamos ver o que é ergonomia.
“ A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução surgida neste relacionamento”. Ergonomics Research Society
Segundo o pioneiro Alain Wisner,"Conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para conceber as ferramentas, as máquinas e os dispositivos que podem ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência” Alain é Doutor, francês (2 de novembro de 1923, Paris - 3 de janeiro de 2004, Paris), já falando dele, sua primeira formação foi em medicina, francês, fundador da Ergonomia centrada na atividade, e também diretor honorário do laboratório de ergonomia do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios (CNAM) e presidente Sociedade de Ergonomia da língua francesa de 1969 a 1971, uma das primeiras e mais reconhecidas orgs nessa área.
Por fim, A etimologia de ergonomia é;
- Ergos – Trabalho
- Nomos – Lei, regra, o que é posto
No contexto geral, ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano, e não o homem ou mulher ao trabalho, quer disser, que não devemos nos submeter a uma condição que tragam consequências a médio ou longo prazo, muito menos a curto prazo em nosso trabalho, e sim nosso trabalho adaptado para a nosso conforme e disposição.
Ta mais em que p### isso ajuda?
Ajuda muito! Muito mesmo! Imagine os ganhos tangíveis que um trabalhador trabalhando em condições favoráveis, que deem suporte para ele realizar seu trabalho de forma agradável, que ele se sinta disposto a vir para a empresa, imagine a erradicar a ausência do trabalhador, apenas evitando que ele se exponha a riscos, nossa, e sem falar dos intangíveis, que são aqueles que agregam na vida do circulo onde aquele colaborador está inserido, na reputação da sua empresa, são muitos man, muitos mesmo.
A historinha......
Antigamente que era bom : hÃham
Os trabalhos da antiguidade, levavam o homem a exaustão e davam carona até a morte em poucas semanas, a Pirâmide de Quéops 2.550 a.C. – 143,6m; 100 mil pessoas; 20 anos; 2,6 milhões de blocos; 2,5 t cada bloco; mais alta por 3800 anos
Antigamente que era bom: Revolução industrial 1760 -1850
Revolução industrial 1760 -1850, primeiras máquina de tear, máquina a vapor (mudou a forma de produzir), o importante era produzir, pensar no trabalhador, vish, imagina. Chiqueiros, Galpões, estábulos, velhos armazéns, foram transformados em fábricas com o maior número possível de máquinas, e se possível o meio número de pessoas.
Antigamente que era bom: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO – PÓS 1850
Péssimas condições de trabalho; Exploração de homens, mulheres e crianças, isso mesmo, crianças, e ainda elas ganhavam menos, ( qualquer semelhança com a realidade é ....) Máquinas sem proteção ( qualquer semelhança com a realidade é ....) Improvisos, ( qualquer semelhança com a realidade é ....) Inexistência de limites de horas de trabalho, ( qualquer semelhança com a realidade é ....)
Inexistências de restrições quanto ao estado de saúde do trabalhador. Alta exposição à riscos (calor, gases, poeira, intoxicações, etc);
Antigamente que era bom: Taylor = Evil
Como um cara de processos, me dói falar isso, más a verdade deve ser dita, o Taylorismo é considerado desumano, por muitos autores, ( poucos na verdade), não apenas por tornar os empregados especializados em uma única trefa e dependentes do patrão/sistema, mas também pelo trabalho repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e repetitivo e esgotante.. Nada de atenção ao homem/mulher, e o mais intrigante é o fato de existir poucas colocações sobre isso na ciência.
ERGONOMIA – Pós II Guerra
Sim, novamente a Guerra melhorando as coisas, (???????). Mesmo que por nascimento, mas foi aí, que o homem começou a pensar no homem, mesmo que ainda em ideias incubadas, ainda assim muitas empresas começaram a mudança de layout e adaptação do processo, crono-ánalise, e a pensar de forma a contribuir com os macros citados abaixo.
MUDANÇAS BRUSCAS NO ESTILO DE VIDA, COMPETITIVIDADE
METAS,EXIGÊNCIAS CADA VEZ MAIORES ,CARGA EXCESSIVA DE TRABALHO
MANTER / AUMENTAR PRODUÇÃO, ESFORÇO FÍSICO DINÂMICO OU ESTÁTICO
ORTOSTATISMO OU SEDESTAÇÃO PROLONGADA, TRABALHO INSEGURO, INSALUBRE, PERICULOSO E PENOSO - TRABALHO NOTURNO
JUSTIFICATIVA
Novas tecnologias, competitividade de mercado, produtividade x qualidade, Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com:
- Eficácia
- Segurança
- Qualidade
Ergonomia participativa
Enfim, o termo Ergonomia Participativa foi cunhado por Noro e lmada em 1984 e seu principal conceito é que a ergonomia existe na extensão em que as pessoas estão envolvidas na sua utilização. Ou nas palavras de Imada (1991), " ... a ergonomia participativa requer que os usuários finais (os beneficiários da ergonomia) estejam vitalmente envolvidos no desenvolvimento e implementação da tecnologia"
Esta tem como inclinação a intervenção, a mudança de comportamento, a ergonômica participativa, surge como o controle desta relação, trabalho e ambiente, buscando a melhoria do sistema de trabalho a partir do envolvimento dos colaboradores, estabelecendo suas respectivas responsabilidades.
A participação dos trabalhadores é indispensável à interpretação dos resultados, então a ergonomia participativa é uma abordagem que envolve as pessoas no processo de planejamento e controle do seu trabalho. Trata-se de uma maneira muito eficiente de reduzir ocorrência de problemas músculo-esqueléticos em trabalhadores., e muitos outros.
Benefícios da Ergonomia Participativa
Ganhos de fácil mensuração
- aumentos de produtividade e de qualidade;
- a redução dos desperdícios;
- as economias de energia; mão-de-obra, manutenção, etc
Ganhos de submersos
- redução do absenteísmo devido a acidentes e doenças ocupacionais
Gerenciamento do bom gerente/líder, é o que estimula a participação dos trabalhadores
É como qualquer sistema organizacional, se não for TOP-DOWN, não rola mermão, se não tiver apoio da alta gerencia, não sai do papel! ( e você vai levar um PITO, por não estar fazendo que você deveria estar fazendo.)
Porém ainda isso é pouco, se o todo poderoso, não estiver alí, junto, contribuindo com a operação, pouco ajuda, sabe aquela, pouco ajuda quem não atrapalha? Mentira, se não nos juntarmos, darmos as mãos e se jogarmos no baile da união organização, nada vão dar certo.
Segue uma frase de jesus: “meu trabalho não pegar leve com as pessoas e sim tornalas melhores”
Jesus de Nazaré ------------------>
Segue algumas ideias que criei, após algumas leituras sobre o tema.
- Envolvimento por osmose
É aquele que vc líder deve envolver e criar programas de participação coletiva. Os trabalhadores são questionados a visualizar e resolver problemas e produzir idéias que irão influenciar a operação do sistema organizacional.
Ex.: 5S, CCQ, programas de QVT, planos de recompensa a sugestões.
- Envolvimento no esquema, no bem bolado.
Focam o projeto do mesmo de modo que isto motive o melhoramento do desempenho no trabalho, a galera começa a andar sozinhos, grupos de melhorias e etc.
Ex.: Enriquecimento do trabalho, grupos semi-autônomos
- Super envolvimento
O super envolvimento sugere uma organização em que as pessoas dos níveis mais baixos, ( que coisa ridícula, como pessoas dos níveis mais baixos?????, vou reescrever),
O super envolvimento sugere, uma organização onde as pessoas que não estejam ligadas a funções de liderança, ou da diretamente ligadas a SST, nfim, que não tenham como função direta a melhoria continuam, nesse modelo, as pessoas tem um comportamento mudado, que influenciará na cultura da empresa e em comum, tenham um senso de envolvimento, não somente em quão bem eles façam o seu trabalho ou quão efetivamente funcionam seus grupos, mas em termos do desempenho da organização como um todo.
Tem mais , más deixa pra outra hora, usem divulguem, compartilhem.
Um abraço!