Errar faz parte!

Hoje vamos falar um pouco sobre liderança jovem! Afinal, esse é o propósito do líder de primeira, abordar questões para aqueles que estão se inserindo no mercado de trabalho, como eu. Em 2019 me formei em Administração, não era o curso dos meus sonhos (a propósito, acho uma judiação termos que decidir o que fazer para o resto de nossas vidas aos 17 anos). Na verdade, eu nem sabia ao certo quais eram meus sonhos. Pensava em direito, psicologia, e administração caiu como uma luva. Nunca fiz estágio, queria ir para o mundo público, mas com o tempo percebi que ali talvez ainda não fosse o lugar certo. Queria experiência no mercado privado, saber se me identificaria. O curso de liderança que fiz em 2014 me ensinou sobre princípios que mudaram minha forma de enxergar o que é ser líder. Vou compartilhar com vocês minha perspectiva sobre liderança e como a enxergo após 1 ano no mercado de trabalho (autônomo).

Ps: decidi me aventurar fazendo duas pós-graduações, trabalhando em microempresas como consultora organizacional e auxiliando (aprendendo) com profissionais mais experientes no ramo.

O primeiro ponto seria: autoconhecimento. Eu diria, que é fundamental você se conhecer. Você entender quem você é, quais são suas fraquezas, suas forças, em quais momentos você cria uma máscara para poder provar pro outro o seu valor e como você se desfaz disso sendo simplesmente você mesmo, quais são suas habilidades, competências, como você lida com os valores morais e éticos, como seu caráter é forjado, em que consiste a sua disciplina, seus objetivos, suas metas, sua forma de se ver.

O segundo ponto seria: enxergar o outro. Depois que você sabe mais de si mesmo, você consegue ser capaz de enxergar o outro e entender por que ele é de uma forma diferente da sua, qual contexto ele viveu, como você pode se conectar com as pessoas. Você percebe que empatia, reciprocidade, ouvir atentamente, ter um interesse genuíno pelo outro, são lições importantíssimas. E nessa perspectiva, você percebe que todos são iguais, todos passam por crises, paranoias, frustrações, aprendizados, conquistas e recomeços.

O terceiro ponto seria: liderar o outro. E então, você percebe que se conectar com o outro tem uma importância extrema, pois você gera no outro uma admiração mútua por você e de forma orgânica as pessoas simplesmente são influenciadas por você. Por vezes com diretrizes, atitudes e até mesmo hábitos. Você desenvolve uma facilidade em montar times, organizar projetos. Sabe por quê? Porque entendeu que para liderar pessoas, você precisa ser humano, se mostrar vulnerável e precisa inspirar.

O quarto ponto seria: transformar uma cultura. Acredito que toda mudança começa de dentro para fora, todas as transformações exigem quebra de rupturas, exigem ações diferentes. Incomoda, mexe com a gente, e mais ainda, mexe com a nossa cultura. E por que transformar uma cultura? Bom, em uma sociedade machista, culturalmente corrupta, cheia de pré-conceitos e impositiva, andar na contramão desse mundo, é ou não é uma transformação de cultura?

Agora, e se eu te disser que os líderes do passado talvez tenham aprendido na marra e os líderes do futuro, podem aprender com ferramentas, cursos, palestras. É ou não é uma transformação de cultura?

Tenho apenas 23 anos, sou uma líder de primeira viagem, ainda engatinhando nos passos de liderança, mas me vejo como alguém que tem uma missão no mundo e que pode com ajuda de outros influenciar meus amigos, pares e gestores. Cometo equívocos, erros, falho quase que constantemente. E sabe, está tudo bem! Está tudo bem errar, ter medo, querer ser alguém melhor, está tudo bem ter uma vontade surreal dentro de você para que as coisas simplesmente aconteçam da forma que você acredita ser o certo. Porque no final das contas, o que importa é quem você é. É o seu propósito que te move, que te orienta e te dá os direcionamentos para seguir em frente.

Esse curso me ensinou sobre muitas coisas, mas não me ensinou a não errar! E talvez, em lugar nenhum consigamos achar palestras, workshops e cursos de anos que nos ensinem a não cometer algum tipo de erro. Sabe por quê? Porque somos humanos, indivíduos diferentes uns dos outros. A ferramenta que trouxemos pra você hoje é uma mistura de propósito com design thinking.

Primeiro, descubra o seu propósito enquanto pessoa. E trabalhe em lugares em que o propósito da organização e o seu sejam convergentes. Segundo, saiba que em algum momento você vai ser liderado ou vai liderar outras pessoas. As vezes apenas 1, 2 ou 1000. Não importa! E acredite, você vai errar. Mas, você pode errar rápido! Para corrigir rápido também. Você pode se mostrar vulnerável, empático, excelente tecnicamente, pode seguir todos os passos para ser o melhor, mas em algum momento você vai falhar.

E meu amigo, quando você errar não tenha medo de pedir ajuda, de assumir seus erros e até mesmo de assumir os riscos. Você é gente como a gente. E como um bom líder, precisa ser liderado também. Tenha certeza de uma coisa, você é capaz de ser tudo aquilo que almeja e a cada passo, cada vitória ou derrota, cada acerto ou erro, você acima de tudo aprende!

Para finalizar gostaria de pontuar algumas características que na minha percepção um bom líder deve ter: Propósito, paixão pelo que acredita, empatia, humildade, resiliência e disciplina.

Após 1 ano no mercado de trabalho, convivendo com diversos tipos de liderança percebo que você ser um bom líder implica em muita coisa! Inclusive em tempo de maturação, nossa geração quer tudo pra ontem, comecemos aprendendo aos poucos, e posteriormente seremos os líderes que serão bons em soft skills e em hard skills, sobretudo excelentes líderes.  

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