Escalando seu BI na nuvem
Muitas empresas ainda possuem um sistema de BI construido em cima da plataforma Microsoft, usando Integration Services para construção de rotinas para ETL/ELT, SQL Server para repositório de dados, Analysis Services para camada analítica/semântica e Reporting Services para a entrega de relatórios. Tudo isso em um típico cenário no qual os servidores que suportam essa aplicação já estejam apresentando capacidade reduzida, seja de memória, disco ou processador.
É o típico cenário no qual surgem projetos e propostas para fazer aumento da capacidade de processamento ou simplesmente criar uma nova solução de BI.
Entretanto, existe uma possibilidade que nem todas as empresas atentam, que permite a transferência do workload para a nuvem, sendo assim um projeto inicial para a migração para uma plataforma moderna, sem perder todo o investimento já realizado na construção e manutenção da solução existente.
A contratação de uma assinatura Microsoft Azure, pode tornar esse processo menos complicado do que começar um novo BI e agilizar a entrega com aquilo que já existe hoje, em alguns casos com pequenos ajustes.
Tendo uma assinatura no Azure, você pode dedicar um servidor local para ter um papel de gateway na comunicação entre seu ambiente on premise e o Azure. Você vai instalar nesse servidor, os drivers de conexão para suas fontes de dados de origem e vai instalar o "Integration Runtime" da Microsoft.
Feita a instalação, configuração e certificação de que os drivers estão funcionando corretamente e com o Integration Runtime instalado e configurado, você vai poder na nuvem, mapear esse servidor que você tem em suas instalações e criar uma VPN para preservar a segurança dos dados que vão trafegar por ali.
Na nuvem, uma vez mapeado o seu servidor do Integration Runtime, você poderá criar suas conexões com os dados de origem, através dos LinkedServices do Data Factory, que por analogia seriam as conexões ODBC que você cria em seu servidor local.
Já a aplicação escrita no bom e velho Integration Services (SSIS) poderá ser copiada e instalada num Data Factory onde você irá fazer os ajustes para as novas conexões (os Linked Services criados anteriormente), testar e corrigir eventuais problemas que podem surgir.
O banco de dados que você tem localmente, poderá ser transferido para a nuvem em modalidades distintas de hospedagem. E as licenças que você adquiriu de SQL Server, já vão auxiliar do ponto de vista financeiro, com uma redução de custos na nuvem.
Seus cubos poderão ser reconstruidos no Analysis Services, com a opção de serem migrados para modelo tabular e seus relatórios poderão ser aplicados em um servidor local ou na nuvem, consumindo dados diretamente do Azure, enquanto você inicia a migração deles para PowerBI.
Com tudo isso, você esta pronto para começar a executar seus pipelines carregando dados para a nuvem, usando toda a infraestrutura provida pelo Microsoft Azure, o que poderá atender suas necessidades de ampliar a capacidade de processamento.
Esse movimento, também pode ser considerado como o embrião para começar a migração para consumo de Data Lake e outros recursos disponíveis no Microsoft Azure.