ESCOLAS PROTEGIDAS - DO CHOQUE À AÇÃO
A segurança em escolas envolve algo muito mais valioso que o patrimônio: a integridade física dos alunos e profissionais. Portanto, a demanda por segurança não é nova, mas, sabemos que nem sempre a questão é tratada adequadamente, sendo crítica em espaços públicos, mas, também problemática em espaços privados.
Há anos acompanhamos as notícias de ocorrências violentas em escola, em especial nos Estados Unidos. Mas, infelizmente, o problema está cada vez mais presente no Brasil. Percentualmente o volume de ocorrências, se considerado o total de estabelecimentos de ensino das diversas fases acadêmicas ou o total de estudantes é muito baixo. Mas, o impacto emocional e psicológico nas vítimas é enorme e permanente, sendo imensurável a sua extensão tantos são os desdobramentos.
Sabemos que em todas os ambientes onde exista um grande fluxo de pessoas será sempre vulnerável e sujeito à imprevisto que podem comprometer a segurança de todos que ali estiverem. As escolas, neste contexto, tem particularidades importantes. Há uma grande concentração de crianças e adolescentes, sem maturidade, malícia, discernimento e disciplina que facilitem a prevenção. Além disso, em caso ocorrência serão sempre mais dependentes emocional e fisicamente, o que dificulta a adoção de planos de contingência.
Nesse cenário, não apenas os responsáveis pelo Poder Público e os gestores acadêmicos têm responsabilidade. Todos nós, profissionais de segurança, temos que agir para orientar, instrumentalizar e disponibilizar as instituições de ensino as melhores condições para minimizar o risco e potencializar a prevenção. Essas medidas não são as únicas necessárias e dependem de ações também no plano de ensino e apoio psicossocial aos alunos, familiares e profissionais. Mas, é um caminho.
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Há de se rever procedimentos de controle de acesso, proteção perimetral com sistemas eletrônicos e filmagem dos espaços. E, considerar a ostensividade da segurança por meio de profissionais habilitados e devidamente treinados para controlar, coibir e intervir em casos extremos.
É importante lembrar que as medidas de segurança devem ser seguidas por todos! E que envolvam o compartilhamento de informações entre os agentes escolares, a comunidade de entorno e também, os pais de alunos.
Não devemos nos pautar pelo pânico. Temos, no entanto, que agir com racionalidade buscando a prevenção sempre que possível ou, a efetiva redução de danos em caso de necessidade. Essas ações só terão a eficácia desejada caso sejam planejadas e executadas corretamente.