Escolha a sua dor
Você não precisa de amor para trabalhar, mas precisa amar o que faz para ser bem sucedido, não importa se trabalha dentro de casa servindo aos seus ou numa grande corporação, se ganha um salário mínimo ou fatura milhões, ser bem sucedido é para apaixonados que vivem no centro do propósito para o qual foram criados.
Faça o teste, entre na primeira loja que estiver na sua frente e observe, há pessoas sorridentes mesmo com dia carrancudo lá fora que cumprimentam e demonstram prazer pela sua presença, querem ajudar, mostram o que precisa e quando não encontram tratam de achar outras alternativas. Há quem exagere, dá para notar quem realmente se importa com o que está fazendo por obrigação. Há lojas em que entramos e saímos sem ser notados, outras com gente emburrada que parece incomodada com a presença de clientes, você pede algo e a pessoa diz que não tem e ponto, já cheguei ao cúmulo de dizer:
- Hoje eu estava disposta a gastar, mas você não está me ajudando. A pessoa riu e nada.
Isso não acontece só no comércio, é o médico medíocre, a manicure medíocre, o cozinheiro medíocre, o taxista medíocre, pessoas que não se importam com pessoas, querem ganhar seu dinheiro e não fazer nenhuma diferença. Em tempos de crise o cliente tem na mão o poder para escolher como quer ser tratado, ninguém deveria se dar ao luxo de deixar um cliente (seja ele consumidor, leitor, aluno, paciente,etc) sair do mesmo jeito que entrou. Dizem que quem atende mal é o funcionário por não se importar com o negócio, mas e quando se trata do próprio dono?
Sou o tipo de consumidor que elogia quando há o que elogiar, falo para a pessoa que está me atendendo, falo para o gerente, entro no site e registro meu agrado. Obviamente também faço isso quando não gosto, volto para trocar, reclamo, demonstro o desagrado e me surpreendo quando as pessoas perguntam a opinião e não gostam da resposta sincera.
A crítica não tem a intenção de destruir, aliás, só se ofende quem não tem certeza do que é. Pense comigo, se presto um excelente serviço e alguém não gosta, não me ofendo porque sei o faço, é impossível agradar a todos. Agora se tenho noção que faço algo mal feito e reclamam também não deveria me ofender e usar a crítica para rever meus métodos e fazer algo melhor. As pessoas querem sinceridade, mas não estão prontas para verdade. Dizem que tudo depende do modo como é dito, tenho minhas dúvidas, remédio amargo é ruim até com mel, o jeito é engolir de uma vez e pronto.
Já viram o filme Um Tira no Jardim de Infância? É antigo, vale à pena para sessão da tarde com pipoca. Arnold Schwarzenegger é policial e vai trabalhar infiltrado no jardim de infância para proteger uma criança, ele entra na sala e dezenas de crianças brincam e brigam ao mesmo tempo, ele fica atordoado e grita: chegaaaaaaa! As crianças se assustam e começam a chorar.
Não somos mais crianças. Crianças colocam a culpa nos outros, crianças precisam ser servidas, atendidas, limpas, vestidas, mimadas, alimentadas, elas dependem dos outros, do mundo ao redor para satisfazer suas necessidades e vontades.
Nós somos grandinhos, podemos prestar atenção ao que estamos fazendo. Muitas vezes não podemos controlar as circunstancias, mas podemos controlar a forma como lidamos com elas, controlamos a nossa resposta. Se o trabalho é chato e não gosto dele, mas preciso trabalhar para sobreviver então acharei uma forma de fazê-lo da melhor maneira, posso mudar minha forma de olhar para o que faço, lembrar que não estou servindo ao meu chefe embora ele pague o salário, é o MEU tempo, a MINHA vida que estou desperdiçando com mal humor, má vontade, distrações.
Vamos sofrer de qualquer jeito porque crescer dói.
Podemos escolher qual será a nossa dor: a dor de sair da zona de conforto e avançar ou a dor de permanecer estagnado, nunca alcançar nada e perder a vida.
Escolha a sua dor, hoje!
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