A escravidão do perfeccionismo
O perfeccionismo escraviza, ele te torna refém do; "nunca está bom", "nunca é o suficiente"
Conviver com um perfeccionista é conviver com a exigência e insatisfação. É lidar com a expressão do descontentamento todos os dias. O perfeccionista não tem paz e não deixa os outros em paz.
Mas existe um lado bom no perfeccionismo?! - Não! Existe sim, um grande mérito no que fazemos com excelência, não no perfeccionismo.
Precisamos entender a diferença entre o perfeccionismo e a excelência:
A excelência diz respeito ao que fazemos para o outro, ela se refere ao que fazemos de melhor com os recursos que temos disponíveis no momento. É uma entrega com capricho, consideração e foco em resultado PARA O OUTRO.
O perfeccionismo é uma exigência que temos conosco. Sempre algo “poderia ser melhor” “ nunca está bom o suficiente” mas para o outro pode estar excelente. Não temos a capacidade de enxergar a excelência isso com a lente do perfeccionismo.
Segue um exemplo: se eu considerasse abrir o meu consultório somente após realizar um projeto de arquitetura de interiores “top” num prédio de alto padrão, com um lustre lindo, um sofá de 10 mil reais, papel de parede luxo, tapete persa, projeto de iluminação, para assim oferecer o melhor para o meu cliente, isso na verdade não seria para o meu cliente, isso é para mim. O meu cliente precisa de um local com boa iluminação e aconchego e uma intervenção que faça a diferença na sua vida!
O meu perfeccionismo nesse caso pode inclusive afugentar o cliente que pode pensar que a minha sessão é cara demais. A minha exigência pode me tornar inacessível.
O(a) perfeccionista vive na insatisfação; seu desempenho não é bom, seus relacionamentos não são satisfatórios, as pessoas não são boas, nada e ninguém é suficiente. Ele (ela) não desfruta das relações, ele não se deleita em seu trabalho, não se orgulha das suas vitórias, ele precisa de mais!
Esse comportamento pode gerar ansiedade, pela exigência constante e obsessiva ou também pode gerar depressão, pois não há prazer em suas realizações e relações. E no pior dos casos, isso pode levar a uma falsa crença de que “nada vale a pena” levando ao sentimento de desesperança.
A excelência é leve, simples, focada em resultado, não em exigências. Ela nos ensina a ter contentamento, a desfrutar do dia a dia e das relações. A excelência é uma qualidade de pessoas que não condicionam a sua felicidade a méritos e conquistas, elas, por si só, já são suficientes e abundantes!
Se algo te impede de viver com excelência e contentamento teus dias serão pesados e exigirão sacrifício constante para que você atenda as exigências que você mesmo si impõe ou que você aceita.
Busque ajuda para mudar essa realidade!
Andressa Nunes
Psicóloga Cognitiva Comportamental – CRP: 08-14958
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4 aTexto ótimo!!