ESG e o Capitalismo Consciente.

ESG e o Capitalismo Consciente.

A pauta de sustentabilidade ganha mais força e adeptos diariamente, como apreender a utilizar os recursos que temos ao nosso dispor de uma forma mais racional e de pensamento de longo prazo. Como medir uso dos recursos naturais encontrando um equilíbrio entre o bem-estar e os impactos que causamos ao meio em que vivemos. Esse é um tema urgente para a nossa e as próximas gerações abordarem olhando pelo viés da continuidade e de longo prazo da nossa vida em comunidade.

 

Durante sua explanação no PFCC (Programa de Formação e Certificação de Conselheiros) da Board Academy, Alberto Malta Junior, trouxe para a nossa reflexão, como a sustentabilidade precisa também se tornar um tema urgente também dentro das organizações de negócios.

 

O capitalismo apresentou seus primeiros sinais a partir do século XV, com o início do enfraquecimento do sistema feudal, caracterizada pelo estamento, ou seja, sem a mobilidade entre classes sociais.  O início do comércio, o uso da moeda, a integração entre a produção e o consumo se desenvolveu entre o capitalismo comercial, industrial e o financeiro, também conhecido como a terceira fase do capitalismo, fase essa que nos encontramos agora.

 

Como benefícios do capitalismo, a liberdade dos cidadãos em escolherem seus caminhos, o acesso, produtos de consumo, melhora na qualidade de vida das pessoas, a conectividade e o encurtamento das distâncias. Por outro lado, essa evolução da sociedade vem pagando preços altos em razão do capitalismo ter focado apenas na variável lucro durante a maioria de sua existência, deixando em segundo plano variáveis essenciais como os impactos ao meio ambiente, sociais e um olhar crítico sobre a forma de gestão das corporações.

 

A evolução constante gera oportunidades, hoje o capitalismo de propósito se apresenta como uma nova tendência desafiando as pessoas e organizações a assumirem as suas responsabilidades e administrarem os seus impactos.

 

O ESG (Environment/Ambiental, Social e Governance/Governança), é formado por critérios de avaliação da responsabilidade de uma organização. Seu início foi mediante uma iniciativa da ONU (Organizações das Nações Unidas) em 2004, conhecida como “Who Cares Wins”. Uma ação vinculada ao pacto global e que recebeu o endosso de 23 instituições financeiras que representavam coletivamente mais de US$ 6 trilhões em ativos.

 

 

 

Por se tratar de um novo modelo econômico, vinculado a propósitos claros, o modelo de ESG pode atingir empresas de todos os tamanhos, aumentando sua rentabilidade e reduzindo custos. Isso se torna possível pela maior fidelização de seus clientes, que irão reconhecer o valor agregado das ações sustentáveis ao produto de uma determinada marca e aceitarão pagar a mais por isso. De outro lado, a maior consciência na utilização de seus recursos traz um impacto em redução custos.

 

Sobe o impacto iniciado pelo movimento ESG, surge nos Estados Unidos com a publicação do livro Firms of Endearment escrito por Rajendra Sisodia (Autor), Jagdish N. Sheth (Autor) e David Wolfe (Autor) de 2003, seguido pela ONG Conscious Capitalism foi fundada em 2009.

 

Através dessa filosofia de negócios, a variável lucro deixa de ser a mais relevante e passa a ser acompanhada de outras variáveis como o proposito, já mencionado no artigo, cultura consciente, liderança consciente e que o negócio seja orientado aos seus staleholders (partes interessadas em um negócio), ou seja, clientes, fornecedores, funcionários e acionistas.


Chart from Conscious Capitalism, Inc


 

Gerar lucro através da valorização intelectual e social de seus colaboradores, preocupação e ações que visem a redução dos impactos à natureza, a adoção de uma gestão ética e responsável com todas as partes interessadas do negócio, sem prejuízo à geração de resultado esperado por investidores e acionistas é a síntese de uma empresa ou negócio consciente.

 

Em um momento de mudança de paradigma, o conselheiro consultivo deve estar preparado para suportar as empresas nessa transição. Questões práticas sobre a adoção do ESG e capitalismo consciente, precisam ser apresentadas aos empresários, de uma maneira que percebam o retorno sobre esse investimento, que em parte é financeiro, mas também terá um acréscimo muito valioso quanto a longevidade e a reputação do negócio. Conselheiro, esteja pronto para ser esse elemento de mudança!  

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