ESG em compras - Do zero ( SRM )

ESG em compras - Do zero ( SRM )

Particularmente, não gosto de siglas que representem termos em línguas diferentes a nossa, isso dificulta a inclusão de diversos profissionais, e distancia as pessoas do tema por entenderem ser complexo ou dificultoso.

SRM é nada mais, nada mesmo que, um nome chique para a sistemática de gestão de fornecedores. Existe uma ambiguidade, pois não há gestão, sem relacionamento, por tanto a tal sigla poderia ser resumida em G.F.

Mas o SRM é a representação de uma ferramenta. O mercado é repleto delas, mas francamente existem poucas opções que se adequem de forma completa a necessidade de todos os negócios, e em muitos casos as empresas partem para painéis e indicadores internos.

Dentro do ciclo de vida do fornecedores, existem passos inegociáveis para quem está partindo do zero;

  • Qualificação do fornecedor - Pode ser via RFI, avaliando os documentos submetidos e analisando índices financeiros e de conformidade;
  • Homologação - Processo mais completo, onde já há uma lista reduzida no processo concorrencial, e podemos solicitar documentação completar para dar o último aval a aptidão dele em ser fornecedor;
  • Gerenciamento de contrato - Analisar aderência aos termos contratos, esse indicador pode ser exposto pelo OTIF ( indicador de aderência aos prazos de entrega), OTD ( Indicador de despacho no prazo combinado) , IDF ( Indicador de performance de fornecedor);
  • Avaliação periódica - Pode ser através de auditorias presenciais, questionários de performance, consolidação de resultados extraídos do gerenciamento de contrato, percepção de clientes internos, e outras metodologias que fizerem sentido ao negócio;
  • Planos de correção - Para baixa performance, precisa haver um plano de correção de rota, que pode ser através de etapas ou a depender da problemática, um possível rompimento unilateral;
  • Feedback - O fornecedor baixa performance precisa saber o que está acontecendo na sua percepção, assim como o alta performance precisa ter algum tipo de contrapartida, evidentemente desde que não cause nenhum desconforto;

A gestão de fornecedor não é uma ciência exata, precisa ter sensibilidade em entender quais são os pontos críticos para a sua empresa e qual o apetite a risco.

O SRM te ajuda a mapear e nortear as ações, podendo ser um sistema caríssimo ou um belo excel, tudo depende da sua realidade, o importante, é fazer.

Christie Bechara

Cultura, Estratégia & Gestão ESG | Cadeia de Valor + DE&I | ESG & Fornecedores Criadora do Modelo de Negócio "B2ESG by Cia Sustentável" Assessoria ESG. Docência e palestras sobre Sustentabilidade.

4 m

Ótima contribuição Renan Ferezin ! Adoção de siglas não representam o compromisso com a gestão, é preciso ver na prática , no dia a dia, o que realmente pode e deve ser feito em relação a Sustentabilidade na Gestão de Fornecedores. #tmj

Eliana Pojar Herrero

Coordenadora de Compras | Gestão de Contratos e Fornecedores| Especialista em Compras Estratégicas

4 m

Renan, excelente a sua explanação.Eu também acho que apesar das ferramentas de mercado para está frente, o mais importante ainda é estruturar a gestão de acordo com a característica da sua empresa é segmento.

Maikon Liell

Comprador Sênior | Suprimentos | Supply Chain | Compras | Sourcing | Construção Civil | Agronegócio | Contratos | CAPEX | Indiretos | SAP

4 m

Perfeito Renan!

Ricardo Kayatt

Gestão de Riscos | Compras Sustentáveis | Sustentabilidade | Responsabilidade Social | Auditorias | ESG | Supply Chain | Responsible Sourcing | Third-Party Risk Management

4 m

Obrigado por seguir promovendo o tema de #comprassustentaveis na rede, meu amigo Renan!! Parabéns pelo conteúdo. Lembrando que dia 23 temos uma rodada de benchmark no nosso grupo de boas práticas de GF justamente sobre SRM. Todos são bem-vindos!! Valeu!

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