ESG - Métricas e Maturidade
Vivemos um momento de reflexão no cenário corporativo global. A introdução de padrões como o IFRS S1 e S2, advindos da International Sustainability Standards Board – ISSB e da CS3D (Diretiva de Due Diligence em Sustentabilidade Corporativa) por parte da União Europeia, que normatizam a divulgação de informações relacionadas à sustentabilidade e ao clima, representa um passo importante rumo a uma gestão empresarial mais responsável, consciente e transparente. Em breve, essas normativas devem ampliar seu alcance, abordando questões como biodiversidade, relações de trabalho e outros temas essenciais.
Esses padrões não são apenas ferramentas técnicas ou regulatórias. Eles representam um alicerce crucial para que investidores e demais stakeholders tenham acesso a informações padronizadas, confiáveis e comparáveis sobre os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade; o que representa um avanço significativo.
Mas será que esses instrumentos, assim como metodologias de apoio (como o GRI, por exemplo), estão realmente contribuindo para as transformações sociais que necessitamos?
O impacto real das IFRS S1 e S2 (CPBS 01 e 02, no Brasil) vai muito além da transparência ou conformidade regulatória que passam a ser exigidas pela CVM para as companhias de capital aberto e instituições financeiras, estendendo os impactos das mesmas para toda uma cadeia de valor e demais estruturas organizacionais da sociedade. Essas normas têm o potencial de catalisar mudanças sociais profundas ao promoverem a integração efetiva do ESG, às estratégias empresariais. Ao vincular práticas de sustentabilidade à gestão de riscos e à governança corporativa, as normas incentivam as empresas a adotarem uma postura mais consciente e responsável.
No entanto, a palavra-chave é "incentivam". As normas, por si só, não transformam realidades. A mudança só ocorre quando as organizações as implementam de forma genuína, como parte de sua essência e propósito. É nesse ponto que está o verdadeiro desafio — e as oportunidades.
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A implementação de normas como as IFRS S1 e S2 precisa ir além dos requisitos técnicos e envolver toda a organização, desde a alta e média liderança até as operações do dia a dia; do departamento de sustentabilidade à governança, permeada pela comunicação com os stakeholders. Grandes corporações, médias e pequenas empresas, entidades de Terceiro Setor, cada uma em sua medida, têm um papel fundamental a desempenhar.
Gestos simples, como reduzir o desperdício de recursos no escritório, e decisões estratégicas, como priorizar fornecedores sustentáveis ou adaptar modelos de negócio para beneficiar comunidades, são exemplos de práticas que, somadas, podem gerar transformações sociais significativas.
Para que essas normas gerem impacto real, é necessária uma mudança cultural nas organizações. Isso significa ir além do cumprimento regulatório e criar um movimento interno que alinhe negócios, estratégias e práticas diárias a um propósito maior, com o compromisso genuíno com a transformação na forma como fazemos negócios e impactamos o mundo.
Todos somos potenciais agentes de mudança. Porque a transformação social é uma jornada que avança a cada escolha consciente que fazemos.
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Excelente artigo José Roberto Dalbem! Estamos caminhando para esta maturidade, e esperamos que resultados sejam potencializados daqui pra frente!!
Diretor Comercial | Novos Negócios | Inovação | Marketing | Expansão | Planejamento Estratégico | Conselheiro Consultivo
3 semGrato pela reflexão José Roberto Dalbem, a simples adoção das normas não garante a mudança. É preciso um esforço conjunto de toda a organização para internalizar os princípios da sustentabilidade e transformá-los em ações concretas. " ...é uma jornada que avança a cada escolha consciente que fazemos."