ESGTechs e as perspectivas da nova leva de startups
Uma nova onda de desenvolvimento tecnológico avança no mercado como uma tsunami. Aliando ESG, serviços financeiros e inovação, startups adentram na busca pelo desenvolvimento de soluções ágeis e eficientes para questões ambientais, sociais e de governança como um meio de se destacar em um mercado sedento por agendas mais conscientes.
Para surfar nesse mar de possibilidades, novas empresas nascem com o objetivo de oferecer selos e certificações a terceiros que apontam boas práticas de sustentabilidade em todas as suas nuances. E assim uma nova categoria de startups surge, as ESGTechs.
Com potencial para se tornarem as novas protagonistas do mundo corporativo na próxima década, as empresas são focadas em ações e práticas de longo prazo. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela plataforma de inovação aberta Distrito, veiculada pela Folha de São Paulo em dezembro de 2021, só no Brasil as ESGTechs receberam US$ 532,4 milhões (R$ 2,9 bilhões) em 54 aportes de investidores no ano passado.
Pensando no ESG dentro do contexto empresarial, as startups direcionam seus investimentos para soluções inovadoras, coletando dados e fornecendo informações valiosas para parceiros que desejam se destacar no mercado como eco-friendly.
Antes da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre o Clima), a CNI (Conferência Nacional da Indústria) entrevistou cerca de 500 executivos de médias e grandes empresas brasileiras. O levantamento apontou que 72% admitem estar pouco familiarizados com práticas de ESG. Por outro lado, 81% acreditam na relevância da sigla. Em relação às ações sustentáveis, 63% dos respondentes pretendem elevar seus investimentos nos próximos dois anos.
O estudo indica que, mesmo sem entender de fato o que o ESG significa, empresários estão dispostos a focar seus aportes no tema. Para chegar lá, as corporações procuram parceiros externos — ou seja — as ESGTechs. E sob este guarda-chuva estão startups que atuam com transição energética, monitoramento ambiental, destinação adequada de resíduos sólidos, avaliação de processos internos, diversidade em cargos de liderança entre outros assuntos que englobam esse universo.
Uma pesquisa realizada pela Cone Comunication afirma que 73% dos consumidores acreditam que as empresas devem promover iniciativas para fomentar melhorias nas comunidades em que estão inseridas. Então, nem preciso relembrar que certificações oferecidas pelas ESGTechs direcionam a decisão de compra e consumo, certo?
A Iseal Alliance desenvolveu um levantamento que aponta que 98% das empresas que implementaram práticas sustentáveis conquistaram melhores resultados em vendas e marketing. As agendas de ESG também ajudaram a agregar valor à marca em reputação (60%); lucratividade (53%) e custos mais baixos (30%).
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Cenário brasileiro
Voltando ao relatório da Distrito de 2021, o ecossistema brasileiro conta com cerca de 740 startups no mercado. O segmento predominante até o momento é o de água e energia (144 empresas) — que oferecem entre otimização dos recursos a geração de energia limpa. É importante frisar que as metas e objetivos das empresas quanto ao ESG ainda são nebulosas, pois grande parte do mercado ainda é bombardeado por informações de todos os lados, mas ainda é deficiente de uma coleta de dados consistente para traçar suas ações.
Quando as ESGTechs entram em cena com novas tecnologias e automatização de processos, as dinâmicas se tornam mais claras. E aqui podemos destacar uma série de ferramentas como inteligência artificial, ciência de dados, blockchain, internet das coisas, machine learning entre outros pilares de inovação.
Conheci duas iniciativas muito bacanas nos últimos meses: a Ikone Global, dos empreendedores Túllio Ponzi, Marco Dubeaux e Fábio Figueiredo, e a Pangeia ESGTech, liderada por Daniel Carocha.
A Ikone é uma plataforma de desafios em inovação aberta, focada em resolver problemas complexos de nossa sociedade ( saúde, meio ambiente, desenvolvimento social, esportes e bem estar) e a Pangeia atuando através de squads e metodologias ágeis, cocria ações concretas ESG com múltiplas empresas.
Globalmente falando, os recursos destinados às ESGTechs devem chegar a US$ 44,6 bilhões (R$ 243 bilhões) em 2026, de acordo com a consultoria Allied Market Research. E o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) já faz parte do círculo de instituições financeiras que aposta na inovação por meio da sustentabilidade. O Fundo Anjo do banco disponibiliza recursos para acelerar startups de impacto positivo na sociedade e meio ambiente.
E com formação de ponta e apoio das excelentes Artemisia, Wayra e Liga Ventures entregamos para o mercado mais de 20 empresas do segmento, que tenho o prazer de mencionar aqui.
Sua empresa já possui alguma certificação ambiental? Pode ser a hora de buscar novos parceiros, ajudando a fortalecer o ecossistema de ESGTechs e ainda aprimorar sua performance perante o mercado.
Consultora de Marketing na GFP Publicidade
9 mVocê tem o link dessa pesquisa para compartilhar comigo? A Iseal Alliance desenvolveu um levantamento que aponta que 98% das empresas que implementaram práticas sustentáveis conquistaram melhores resultados em vendas e marketing. As agendas de ESG também ajudaram a agregar valor à marca em reputação (60%); lucratividade (53%) e custos mais baixos (30%).
PE&VC I M&A I Credit Special Situation I General Manager
2 aQue texto espetacular!!!!!
Strategic Growth & Development, LATAM @Wartsila Energy | Power Plant Project Development | Future Fuels - Ethanol/Methanol, Ammonia & Hydrogen solutions | Battery & Energy Storage | Innovation in Energy
2 aCassiano Farani, artigo excepcional. Parabéns! Eu, Gustavo Peixoto e todo time PANGEIA.ECO agradecemos a lembrança que nos enche de energia para continuar acelerando o que chamamos de revolução ESG, e de fato aproveitar todo o efeito de redes em prol do Brasil. Vamos juntos! Aproveito para compartilhar o link do ecossistema com novidades: https://revolucaoesg.pangeia.eco/ Abs! 😉
Diretor Administrativo Brasil
2 aParabéns a você e ao time do BNDES! Muito bacana ver a disposição de todos vocês do BNDES em participar de projetos para inovar de forma sustentável!