Esquece! É impossível entrar em um mercado dominado por gigantes!
Será que não existe espaço em um ecossistema dominado por gigantes?
Já contei várias vezes nos meus artigos aqui, que desde bem pequeno quando me perguntavam o clássico “o que você vai ser quando crescer” eu respondia: rico! E um dos planos de infância era abrir um banco.
A medida que contava esse projeto para as pessoas muitos diziam que era impossível alguém pobre abrir um banco e principalmente: o mercado estava dominado por grandes e poderosos bancos. Ninguém conseguiria entrar.
Pois é, hoje fui a um banco tradicional pedir alguns extratos de 2016 de uma empresa minha. Tive que ir pessoalmente, não fazem pela internet e entrar na fila de senhas, enorme. Quando peguei a senha subi para a fila de espera do gerente. Após 35 minutos fui chamado para ouvir que os extratos demorariam 2 dias úteis e que custariam R$7,50 cada.
Será que não existem oportunidades aí? Um serviço caro, demorado e burocrático? Realmente seria impossível alguém inovar num sistema dominado por players gigantes e “inchados”?
A resposta mais aguda a essa pergunta tem um nome provocativo: Nubank, que significa “não banco”! Eles criaram um cartão de crédito ágil, sem burocracia, digital e de custo baixo. Navegam a toda velocidade dentro de um suposto “oceano vermelho” repleto de tubarões gigantes e gordos (e por isso lentos). Hoje o Nubank já tem um valuation de bilhões de dólares e advinha? Vai virar um... banco!
Aliás essa é a essência das startups, descobrir e ocupar brechas, feridas deixadas pelos gigantes. E tomar o lugar deles!
O setor da saúde não é diferente. Um mercado fechado, com players gigantes e o pior: dezenas de regulamentos e leis que atrasam a inovação e amarram novos empreendedores. Mas quem descobre uma brecha nesse sistema tem um mercado bilionário para atuar.
O mercado da saúde apresenta vários desafios não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Até hoje ninguém conseguiu criar uma equação onde custos, cobertura e eficácia se equilibrem. Falando especificamente do Brasil temos um sistema público ineficaz, planos de saúde com custos inviáveis e uma lacuna de assistência colossal. E tem muita gente boa trabalhando nesses desafios!
Vide DrConsulta, Clínica Fares, Anestech, Imedicina, Grupo BrMed e tantas outras que um dia foram startups e hoje são empresas sólidas que desafiam o setor tradicional e crescem vigorosamente.
Então nunca diga “nesse segmento não há espaço”. Olhe bem, observe as dores causadas e as negligenciadas pelos gigantes, converse com as pessoas, com os usuários insatisfeitos. Setores dominados por players enormes geralmente têm oportunidades igualmente enormes. Como diz meu amigo Elcio Mansur: “o mundo não é de quem tem dinheiro, é de quem tem coragem”!
Médico cirurgião vascular, professor universitário, empreendedor.
6 aOutra empresa que não pode faltar nessa lista é a Docway Co.! Excelente trabalho do Fábio Tiepolo, que enfrentou leis retrógradas, conselhos de classe e resistência de profissionais para revolucionar o atendimento em saúde. Essa empresa vai longe!
Médico empreendedor e investidor em tecnologias para saúde.
6 aShow Wagner!! E como disse o Doc aí em cima, obrigado pela lembrança ao iMedicina! Temos que criar as empresas “não saúde” de uma forma urgente!
Sou um anjo da guarda e minhas asas são feitas de dados. Anestesiologista, CEO/Founder da Anestech Innovation Rising.
6 aMuito bom! E obrigado pela menção à Anestech!
CEO | L&O Advogados
6 aÓtima reflexão Wagner Espeschit! 👏👏