Estamos combatendo notícias falsas ou calando verdades?
Recentemente cresceu o debate sobre as notícias falsas ou fake news que acabam convencendo a grande massa por serem divulgadas como verdadeiras em redes sociais. A discussão tomou proporções maiores com a eleição de Donald Trump, que poderia ter sido facilitada a partir da divulgação de notícias falsas.
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Todas as notícias acima são falsas, mas foram compartilhadas intensamente em redes sociais em 2016. A mentira sobre o Papa Francisco e Donald Trump foi a notícia mais compartilhada durante as eleições nos Estados Unidos, mais do que as reportagens reais.
Os tipos de fake news
Temos dois tipos de fake news. O primeiro é o Hoax, que é bem antigo e com certeza deve ser combatido de todas as formas. Hoax é o termo usado para designar boatos que se espalham na internet via e-mail ou redes sociais (Facebook, Twitter, Google+, etc) e que alcançam um número elevado de pessoas.
O hoax funciona quase como um tipo de SPAM: em poucas palavras, mensagens não solicitadas e enviadas a várias pessoas. A informação distorcida chega ao maior número possível de indivíduos e é baseada em informações incompletas, com comprovação quase impossível, o que gera mais especulação.
Além do Hoax, temos as notícias com viés ideológico. Toda esta guerra contra as fake news nasceu por conta das notícias de viés ideológico, e não por conta dos Hoaxes, o que é um perfeito erro. Invariavelmente, o jornalismo e jornalistas de hoje em dia tem um viés mais progressista e peca pela escassez da notícia imparcial.
Quando explodiram as denúncias contra notícias falsas divulgadas no Facebook, a empresa apresentou algumas medidas para combater esse tipo de atitude. Algumas delas foram a possibilidade de denunciar artigos, o bloqueio da edição de prévias de links e a apresentação de notícias relacionadas.
A última pode ser a esperança com relação à notícias de viés ideológico, apresentando outras visões sobre uma mesma situação. Entretanto, o que vejo é mais uma medida desesperada de calar algumas verdades, jogar pra debaixo do tapete, ao invés de promover debates sadios e respeitosos. Exemplo disso foi a censura de Milo Yiannopoulos do Twitter, jornalista britânico e um dos editores do site "Breitbart".
Como detectar uma notícia falsa
Mais do que confiar nas soluções apresentadas pelas redes sociais para combater notícias falsas, é preciso tomar algumas precauções antes de sair compartilhando qualquer coisa que parece real ao primeiro olhar. Por isso:
- Seja cético com relação aos títulos
- Esteja atento ao endereço da página da notícia divulgada
- Investigue a fonte da notícia
- Leve em consideração as fotos apresentadas
- Confirme a data da publicação
- Sempre confirme se a notícia não se trata de uma sátira ou piada
Acima de tudo, assuma que este pode ser apenas um ponto de vista do acontecimento e busque por notícias que apresentem outras visões de mundo. “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade“, disse Joseph Goebbels. Se não tomarmos cuidado, pode funcionar da mesma forma com ideologias.
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7 aCom pestista eu não discuto.