Estamos em guerra?
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Estamos em guerra?

Se alguém me falasse há alguns meses que o governo iria zerar o imposto de importação de armas- pistolas e revólveres- eu acharia que isto seria impossível e, por mais exótico e esquisito que seja o nosso presidente, ele não chegaria tão longe.

Ninguém duvida que o presidente Bolsonaro flerta com os EUA e que gostaria que nosso país fosse uma edição similar de muitas práticas americanas, sem levar em consideração aspectos históricos, geográficos, políticos e culturais.

Sou forçado a admitir que os americanos são invejáveis sob vários aspectos. Possuem uma economia altamente competitiva. As melhores Universidades do mundo (quase todas) estão nos EUA. Investem elevadas quantidades de recursos em pesquisa e desenvolvimento a ponto de possuírem uma enorme quantidade anual de marcas e patentes. Possuem um setor de serviços diversificado e eficiente etc etc etc.

Triste sina. Com tanta coisa importante para inspirar Bolsonaro não é que ele se apaixona (no sentido estrito da expressão) por uma liderança duvidosa sob vários aspectos, Donald Trump.

Um dos aspectos que chama muito a atenção do nosso presidente é a facilidade com que compram armamentos até pela internet.

Eu não consigo entender o motivo. Os detratores do presidente afirmam que a fantasia de armar a sociedade seria para uma hipótese de um golpe de Estado, que segundo estes, seria rechaçado pelas milícias sociais armadas. Só pode ser brincadeira.

O último atentado à democracia foi em 1964 e foi feito pelos antecessores dos mais de 600 militares instalados em posições civis no Governo Federal.

Presidente, não existe este perigo. E se, existisse, as minhas convicções democráticas me colocariam ao seu lado defendendo o seu mandato.

O que existe, sim, e as pesquisas demonstram, é que armas nas mãos de civis destreinados acabam abastecendo o arsenal do crime organizado.

Presidente, aprenda com a história. Não tente imitar o que o controvertido líder "cor de laranja” pregava. Para seu desagrado, as urnas, a vontade popular, despacharam o ex-presidente para seu lugar na história para que possa gastar os próximos anos, nas intermináveis reuniões com os seus credores.

Presidente, não adianta querer fazer média com os chamados apoiadores de raiz. Sua vitória se deu à mobilização de amplos setores da classe média.

Não  esqueça: Tudo o que é sólido desmancha no ar.

Esqueça dos filhotes do Olavo, dos pentecostais materialistas e debruce-se sobre o Brasil.

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