Estamos Exaustos, e o ano nem acabou!
O título refere a sensação contada por muitos dos meus alunos dos cursos Técnicos - Eixo de Administração e Negócios.
Muito embora a instituição em que dou aula tenha a estruturação do currículo"por ciclos" ou invés de semestres, isto é, os alunos realizam disciplinas de seis semanas em média; a sensação de cansaço é perceptível nas aulas e no envolvimento com as atividades de apoio e trabalhos disciplinares (que devem ser realizados em casa).
A Síndrome do Final de Ano realmente existe. E os sintomas são muito comuns, mas acentuam-se nessa época. De acordo com a psicóloga clínica Patrícia Luiza Prigol os sintomas estão relacionados com alterações de humor e apetite, crises de ansiedade, insônia (ou sono em excesso), fadiga constante, dores musculares, perda do interesse por atividades rotineiras, lapso de memórias, e até comportamento mais agressivo.
Fica um desafio no ar: como auxiliar na motivação (que é individual e subjetiva) dos alunos em relação ao conteúdo e atividades?
Estou iniciando duas disciplinas que envolvem cálculos (matématica financeira e recursos humanos - rotinas de DP); e além do conteúdo conceitual estou organizando desafios, jogos e quiz para estimular o exercício (Práxis) dos conceitos; com o objetivo de que os alunos consigam significar os conceitos e assim percebam a aplicação dos mesmos na prática profissional.
Outro aspecto que estou organizando é o calendário das atividades e prazos para a entrega dos trabalhos e atividades avaliativas, na tentativa de não causar mais transtorno em relação aos meios de avaliação previamente definidos. Evitando assim que alguns alunos deixem tudo para os últimos dias e acabem se enrolando com as atividades.
E em cada atividade prática ou exposição da teoria conceitual busco estabelecer a conexão do tema com a "vida real" (aplicação na prática profissional), estabelecendo com os alunos uma relação de respeito às suas expectativas e possibilitando um aprendizado com foco nas necessidades do mercado.
Ao final de cada ano é comum que nossos sentimentos sejam sacudidos, como uma gangorra, afinal é hora de fazer aquele acerto de contas interno para saber o que conseguimos realizar dos planos estabelecidos e também de estabelecer novas metas. Para os alunos - que vivem a expectativa da diplomação - esse sentimento pode ser ainda mais avassalador; a nós (professores) cabe a empatia e esforço para que o ciclo se encerre com mais tranquilidade e organização.