Estratégia para a retomada: Inteligência coletiva para inovação e crescimento.

Estratégia para a retomada: Inteligência coletiva para inovação e crescimento.



Com o mundo em plena era de transformação, olhar para um novo modelo de gestão mais ágil, dinâmico e consciente, aliado a uma cultura que valorize a autonomia, aprendizado e colaboração é um caminho para se obter resultados mais sustentáveis e inovadores, o que requer a consciência de um contexto organizacional onde prevaleça um ambiente seguro para que as pessoas se sintam confiantes para colaborar e, consequentemente, também desenvolvam e aprendam.    


Para ter sucesso as empresas devem aproveitar o poder das ideias, da experiência e da paixão de seus colaboradores. Mesmo que nem toda ideia seja relevante ou útil e o debate se faça necessário para geração de valor nas decisões, não é motivo para silenciar a inteligência coletiva. Pelo contrário. 


Nesse ponto, a segurança psicológica configura-se como um alicerce para promover esse ambiente onde se valoriza a inteligência coletiva.

As organizações que promovem um clima de segurança psicológica, capitalizam ideias que mudam o jogo, detectam os primeiros sinais de alerta de potenciais problemas e se beneficiam de uma contribuição mais criativa dos funcionários também são as organizações que obtém melhor desempenho.


O sucesso, a criatividade e a inovação requerem um fluxo contínuo de novas ideias, novos desafios e pensamento crítico coletivo.

Somente através do compartilhamento de ideias, pensamentos, perspectivas e conhecimentos diferentes é que as empresas poderão gerar valor, impactar e perpetuar. Essa troca de conhecimento permite que as pessoas e as organizações aprendam, estimulem a criatividade, apoiem o crescimento e acompanhem a transformação de um mundo em constante evolução.

Times que não toleram a diversidade cognitiva são times que, além de ter uma baixa performance, não promovem inovação e muito menos aprendizado, segundo Amy C. Edmondson (2020).

Em 2012 a Google iniciou um projeto nomeado "Aristóteles", cujo objetivo era mapear todas as informações possíveis sobre times de projetos, transformar isso em dados e tentar encontrar um padrão que resultasse em características para um time perfeito.

E assim foram dois anos com os executivos analisando dados em mais de 180 times de projetos, procurando similaridades que pudessem ser uma resposta. Se não fosse possível mapear o perfil de um time perfeito, o plano B era ao menos entender por quais motivos alguns times falham, qual a combinação de fatores deveria ser evitada.

Como resultado da primeira onda da pesquisa, uma hipótese inicial foi encontrada: Times que atingiam seus objetivos tinham alto nível de entrosamento e amizade, relacionamentos que se estendiam além do ambiente de trabalho. Mas os pesquisadores não encontraram nenhum padrão que pudesse confirmar essa tese comparando a outros times de projeto. Nenhuma combinação de habilidades, personalidades ou experiências conseguiram comprovar o que de fato fazia a diferença. Nada fazia sentido.

Até que na segunda onda de pesquisa foi notado um possível padrão. Neste momento os pesquisadores se depararam com a pesquisa sobre as evidências de um fator de inteligência coletiva no desempenho de grupos, da professora e psicóloga Anita Williams. Essa pesquisa chegou à conclusão que existe um Q.I coletivo que surge dentro de um time que diverge e busca todas as perspectivas individuais.


A Inteligência Coletiva é o que faz com que algumas equipes trabalhem melhor do que outras. É um conceito de um tipo de inteligência compartilhada que surge da colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa.


Ela permite que algumas equipes trabalhem melhor do que outras. No entanto, não é simplesmente a soma da inteligência dos membros individuais de uma equipe para chegar a esse ponto, existem outros fatores que entram em jogo.

E esses outros fatores têm a ver com dois comportamentos nas melhores equipes. O primeiro é que todos os membros da equipe se comunicam e falam na mesma condição de igualdade. E o segundo, todos os integrantes da equipe tem soft skills voltadas para a construção coletiva, e a segurança psicológica dá espaço para a divergência e entende que as respostas virão de uma construção coletiva de propósitos, valores e ideias.

Dominar os aspectos que ajudam a construir ambientes psicologicamente seguros pode representar uma vantagem competitiva enorme, principalmente quando estamos tomando decisões em contextos voláteis e incertos , que demandam adaptação, agilidade e inovação.

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