Eu admito, sou imperfeita!

Costumamos ver nas redes sociais vagas de emprego para profissionais “perfeitos”, CV e experiências “perfeitas”, passo a passo para entrevistas “perfeitas”, corpos e rostos “perfeitos”, meio social “perfeito”, enfim... vidas "perfeitas".

Mas o que é ser Perfeito?

A palavra vem do latim Perfectum e significa: que não tem defeitos; ideal, impecável; excelente; que está terminado, sem falhas; completo, absoluto.

Então pergunto:

Perfeito comparado COM O QUÊ ou COM QUEM?

COM a pressão sutil que a sociedade (incluo a família também) nos faz? Namore, case, tenha filhos, viaje nas férias, compre carro, imóvel, tenha um corpo e rosto invejáveis... OU

COM as exigências alucinantes das empresas pelo funcionário perfeito? Cinco anos de experiência para recém formado, fluência em 3 idiomas, inúmeros certificados, especializações internacionais e que não passe dos 25 anos de idade... OU

COM as celebridades revestidas de efeitos técnicos em suas fotos, profissionais que aparentam plenitude em suas carreiras, entre tantas outras.

Como dizia Fernando Pessoa:

“Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugná-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.”

A busca incessante pela perfeição tem levado as pessoas a infelicidade e ao desenvolvimento de doenças físicas e psicológicas, como as tão preocupantes e conhecidas depressão e ansiedade.

Ser IMPERFEITO é...

• Assumir nossa condição de ser humano em constante aprendizado e evolução -autoconhecimento.
• Ser indulgente e amoroso com nós mesmos.
• Permitir compreender nossos limites e criar estruturas para superá-los.
• Vencer o constrangimento, a opinião alheia negativa e a busca frenética pelo perfeccionismo. 

Brené Brown - pesquisadora e professora da Universidade de Houston diz que a maneira de cultivarmos nosso VALOR PESSOAL (aceitarmos como somos) é praticando a CORAGEM, COMPAIXÃO e a CONEXÃO.

E sobre a Coragem entende-se que é falarmos com honestidade e sinceridade sobre quem somos, o que sentimos e nossas experiências boas ou não.

A Compaixão na essência é aceitarmos a nós mesmos e os outros, clareando os limites estabelecidos de responsabilidade de cada pessoa.

Já a Conexão é o que estabelece a energia que existe entre as pessoas quando se sentem presentes, ouvidas, reconhecidas, dar e receber críticas sem julgamento e desenvolver uma estrutura fortificada neste relacionamento.

Alguma vez parou para pensar em quão perfeito você tem tentado ser em sua vida e as frustrações que vem acumulando?

Quantas oportunidades e relacionamentos você deixou de aproveitar, por que se sentiu imperfeito?

Todo dia é dia para refletir e não permitir que essas barreiras internas impeçam o processo de autoconhecimento e a conquista dos objetivos. Seja sincero consigo mesmo a ponto de buscar ajuda profissional confiável caso não saiba por onde e como reverter esse tipo de condição pessoal.

Olá sou a Débora Ruffo, especialista em relações interpessoais, propósito, carreira e autoestima. Conte comigo para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.