A evolução dos bichos

A evolução dos bichos

Não perca a nova edição de Inovativos e descubra como os animais de estimação (e outros) têm grande importância em nossas vidas


Você já leu a nova edição da revista Inovativos? Não perca tempo, pois ela está, como se diz, “o bicho”! Na matéria de capa, você vai encontrar os segredos da Petlove (atenção povo de RH: dicas valiosas em gestão de pessoas também) para se destacar em um mercado voltado para nossos animais de estimação que, no Brasil, um mercado que movimentou R$ 60,2 bilhões em 2022, segundo o Instituto Pet Brasil. A edição da revista é da intrépida e talentosa Caroline Marino , que também assina a matéria de capa com este missivista.


Pets! Nossa relação com esses animaizinhos vem de longa data. Basta lembrarmos de como os gatos eram venerados pelos egípcios ou, atravessando o Mediterrâneo, os romanos. Abaixo, temos duas imagens para ilustrar esse apreço e cuidado pelos pets.

Na primeira, uma jovem romana segurando um pato numa animada conversa com um jovem trajando apenas um gato em sua mão esquerda. Essa cena foi retratada na caverna da Campânia, entre 410 a 400 a.C. (na região do Vesúvio).

O pato, o gato, a jovem e o moço


Mosaico em homenagem ao doguinho

Aliás, os romanos (e os gregos) acreditavam ser importante terem um bom cachorro. Tanto que criaram tumbas para eles, com epitáfios de fazer qualquer um se esforçar para segurar uma lágrima furtiva. Por exemplo:

“Estou em lágrimas enquanto carrego você para seu último local de descanso, tanto quanto me alegrei ao trazê-lo para casa com minhas próprias mãos, há 15 anos”.
 “Para Helena, filha adotiva, alma sem comparação e merecedora de elogios”.
"Myia nunca latiu sem razão, mas agora ele está em silêncio."

Cães andaram em muitas histórias desses dois povos. As portas do inferno, onde reinava Hades, eram guardadas por um pet de três cabeças (Cérbero); lembrando aquela música de Roberto Carlos que dizia que “meu cachorro me sorriu latindo”, Ulisses (ou Odisseu) chorou de alegria ao perceber que seu velho amigo, o cachorro Argus, ainda o reconhecia depois de tanto tempo longe de casa – brigando em Troia e na volta para a casa. Finalmente, Laelaps era o doguinho que ajudou a proteger Zeus, enquanto o deus dos deuses era mantido em segredo na ilha de Creta (seu pai, Cronos, tinha o hábito não recomendado de devorar seus filhos).


E a IA com isso?

A Disney não colocou o bichinho ao lado de Zeus, na animação “Hércules”, de 1997, até porque o astro era outro. A bem da verdade, era mais do que uma estrela: Hércules era uma das 48 constelações antigas de Ptolomeu, nomeada em homenagem a Héracles, nome do herói na mitologia grega. Mas nem por isso a Disney/Pixar deixou os pets de fora.

Recentemente, a nova onda é transformar as imagens de gatinhos e cachorrinhos no estilo daquele grande estúdio americano. E o “milagre” para isso se chama inteligência artificial... Esse é outro tema abordado nessa edição de Inovativos: qual será o futuro dessa tecnologia? Será um vale-tudo? Até que ponto é preciso ter uma regulação para esse tema? Ou seremos todos avatares disneynianos na web?

Wladick Soriano com seu look característico


Uma coisa é certa: como já cantava Waldick Soriano, eu não sou cachorro não para ser tão humilhado. Em especial nos serviços de atendimento ao cliente. Quem nunca ficou mais tempo do que devia para ouvir uma voz do outro lado da linha para ajudar a resolver um problema? Mesmo que seja a de um chatbot (olha a IA de nova aí!)... E quando o assunto é ampliar a acessibilidade para esses serviços, por exemplo, para pessoas com deficiência?

Sim, esse é outro tema que está na revista, mais precisamente sobre o chamado novo decreto do SAC.


Eleição animal e da pesada

Agora, você pode estar se perguntando: “Ok, você me enrolou até aqui, mas tem alguma história de pets importantes no Brasil?” Sim, mas não necessariamente daqueles que podemos levar para algum dos 4 mil parceiros da Petlove espalhados pelo país. Vamos a alguns exemplos, tendo como pano de fundo as eleições.

O mais famoso caso de um animal que se candidatou (sem ironias, por favor) foi o Cacareco, em São Paulo, no ano da graça de 1959. Na verdade, era “a” Cacareco, pois era um hipopótamo fêmea que havia nascido em cativeiro no zoológico do Rio de Janeiro, cinco anos antes, e que fora “emprestada para a inauguração do zoo na capital paulista. E ela fez tanto sucesso que um jornalista resolvei criar uma campanha para elegê-la vereadora da cidade. Itaboraí Martins era repórter de O Estado de S. Paulo e deu o pontapé para a campanha, que tinha até versinhos:

Cansado de sofrer

E de levar peteleco

Vamos agora responder

Votando no Cacareco.

Sim, ela seria eleita nessa onda de protesto: recebeu algo em torno de 100 mil votos (lembrando que naquela época foram computados 828.778 votos válidos), ultrapassando todos os seus concorrentes com uma vantagem digna de um hipopótamo. Só para você ter uma ideia, os três humanos mais bem colocados naquela eleição receberam 10.214, 9.550 e 8.746 votos respectivamente.

Esqueça o título do veículo. O foco é Cacareco!


Antes de Cacareco, em 1955, outro bicho arriscou uma vaga na política pernambucana. Em Jaboatão, o bode malhado “Cheiroso” até tentou, mas não teve êxito. Pelo menos não o mesmo fim de outro bode, desta vez de nome “Frederico”, candidato nas eleições de 1996 na cidade alagoana de Pilar: o bicho acabou envenenado. Intriga da oposição?


Tião em primeiro nos nossos corações

No Rio de Janeiro, em 1988, foi a vez do Macaco Tião, impulsionado pelo pessoal da revista Casseta Popular (Bussunda & cia.). Recebeu pouco mais de 400 mil votos. Não seria eleito prefeito, mas iria para o pódio com um honroso terceiro lugar.

Tião ainda se mantém presente no zoo


Tião tinha um gênio difícil, sobretudo depois que passou a viver enjaulado no zoo do Rio. Jogava excrementos ou cuspia em algumas pessoas. Dois de seus alvos foram o então prefeito da cidade carioca (Júlio Coutinho, que teve a brilhante ideia de inaugurar a jaula), e o prefeito eleito, Marcello Alencar.

Apesar de tudo isso, nosso amor pelos animais não deixou de existir para com Tião. Quando ele faleceu, em1996 aos 33 anos, a cidade decretou luto oficial de oito dias e uma estátua dele foi erguida no zoológico do Rio. Para finalmente encerrar: o esqueleto de Cacareco está no Museu de Anatomia da USP.Quer ler mais sobre cães? Então veja este artigo que trata do diário de um home officer. Clique aqui!!!

Ivan Carlos Ventura Rafael Lisboa Adriana Próspero Marcos Carvalho



Marcos Carvalho

General Director and Founder at INOVATIVOS

1 a

👏🏻👏🏻🚀🚀 Boa, Gumae! Obrigado pela parceria, baita time de conteúdo e edição, a revista está um deslumbre!

André Peçanha

Militar na Força Aérea Brasileira

1 a

Grande líder Guma. Sempre no ponto.

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