Em RH, muita coisa que parece nova, no fundo (do baú), não é bem assim
Essa é uma conclusão do enigma do artigo anterior. Sobre ele, só tenho a dizer que: a linha de raciocínio é bem volátil, por vezes incerta e também complexa e até ambígua. É VUCA!
Depois de ter apresentado aquele pequeno desafio a partir de quatro imagens ao fim do artigo em que tratei dos cyranos de bergerac, não deu para contar a quantidade de respostas que recebi. Foi simplesmente impossível, uma vez que não recebi nenhuma; nem da patroa aqui em casa, que ao ver o título do texto afirmou que não ia meter o nariz onde não era chamada. Mas recebi um telefonema de um amigo que se recusou a responder. Disse que no enigma alguma coisa não cheirava bem...
Ora, senhoras e senhores! Quanta analogia boba pelo fato de Cyrano ter qualidade que outros não têm! Façam-me o favor! Mas não vou discutir, pois aprendi que dois bicudos não se bicam.
Sim, há uma relação entre tudo aquilo e recursos humanos e gestão de pessoas, por mais esdrúxula que possa parecer a ideia (inclusive a pegadinha). Se não, vejamos:
A figura 1 é o nosso querido Hector Savinien de Cyrano de Bergerac. É nele que Edmond Rostand se baseou para escrever a famosa peça. Hector, ou Heitor por estas plagas era um excelente espadachim. Mas ele parecia estar bem a frente de seu tempo. Ele parecia sentir o cheiro de futuro muito próximo. Sorry. Ele era um escritor de mão cheia, um ficcionista. Segundo alguns estudiosos, é dele a primeira descrição de uma máquina para viajar para o espaço! Durante sua breve passagem pela Terra (ele morreu com 36 anos em 1655), Hector deixou obras como Histoire comique des estats et empires de la Lune (História cômica dos estados e impérios da Lua) e Histoire comique des estats et empires du Soleil (História cômica dos estados e impérios do Sol).
Será que eu vivo no mundo da Lua?
Além de Cyrano, ou a partir dele, muitos outros autores também foram para o mundo da Lua, mas no bom sentido. Era a trajetória da ficção científica ganhando corpo. Um desses autores foi H. G. Wells que, em 1901, lançou The first man in the Moon (O primeiro homem na Lua). É dele, também, duas outras obras, entre tantas: A guerra dos mundos (1898) e A máquina do tempo (1895). Mas não foi a atuação de Tom Cruise a melhor para a adaptação de A guerra dos mundos no filme de 2005, mas a realizada em 1938 por Orson Welles, pela emissora RKO. Foi uma espécie de radionovela (podcast de novela), mas como se tudo estivesse realmente acontecendo naquele momento. Ou seja, foi um Deus nos acuda com muitas pessoas em pânico, já imaginando um bichinho verde com arma laser em busca do líder de nosso planeta (isso vale um texto!).
O livro A máquina do tempo teve algumas adaptações para o cinema. Na figura 2, temos a que foi usada na película de 1960, tendo como protagonista o ator Rod Taylor. O bisneto de H. G. Wells, Simon Wells, e o diretor Gore Verbinski lançaram outra versão, em 2002, estrelado por Guy Pearce (que participou de Priscilla, a rainha do deserto, 1994, entre outros).
Bem, mas temos outro parente de Wells que também se relaciona com viagens no tempo. E agora entra a imagem 3. Quem não conhece essa parte do painel do DeLorean usado por Marty McFly (Michael J. Fox) e criado pelo Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) na trilogia De volta para o futuro (1985, 1989, 1990)?
No filme, Marty tem uma namorada, Jennifer Parker, que foi interpretada por duas atrizes: Elisabeth Shue, nos dois últimos, e, no primeiro, por Claudia Grace... Wells! Isso, ela é neta do H. G. Wells! Great Scott!
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Que K é esse?
E depois de tanta relação maluca, não sei se me deixei levar pelo sono ou se alguém com uma máquina do tempo apareceu em minha frente. O fato é que, de repente, pude viajar por várias épocas e lugares. Futuro, presente (alternativo) e passado foram destinos em minha aventura ou sonho. Do futuro, trago algumas boas observações. Do passado, uma grata surpresa: o encontro de livros inéditos de um autor muito desconhecido: Thæobaldvs Paschōalvs. Seria ele um ancestral de Gerubal Pascoal, chefe do departamento pessoal?
Isso me intriga, pois ele aparece com o seguinte cargo em suas obras: Senior Humanis Opibus Caput K. - S.H.O.C.K. No processo de tradução que estou empreendendo, isso significa “Chefe Sênior de Recursos Humanos K.” – esse “k” ainda é um mistério e deve se referir a uma palavra grega.
A figura 4 é a única imagem conhecida do desconhecido Thæobaldvs quando jovem em seu ofício. Aos poucos, ele vai aparecer, digo, suas observações e memórias sobre a arte de gerenciar vassalos farão parte de alguns conteúdos. Ele era, também, um homem a frente de seu tempo. Duvida?
Veja esses dois livros (abaixo), entre outros, que consegui trazer como bagagem de mão na máquina do tempo. O de título comprido é: Misce operis domi et in comitatu ope ambitus quae non est physica vel concreta cum usu avatar. Seria, ao pé da letra: Misture o trabalho em casa e na empresa com a ajuda de um ambiente não físico ou concreto com o uso de um avatar. Isso é ou não é coisa atual, de trabalho híbrido com o metaverso? Por falar nisso, vale ler o post de @Cezar Almeida sobre esse tema e seus artigos recentes (aqui e aqui)!
O que acharam dessa loucura? Juro que não bebo e não fumo!
PS: O título do outro livro fica como teste para vocês. Irão descobrir que em RH muita coisa que parece nova, no fundo (do baú), não é bem assim!
Gumae Carvalho simplesmente incrível! Me trouxe diversas reflexões e afirma que sempre temos inspiradores como você que nos levam para um novo olhar sobre o que pensamos já saber. Parabéns!