Executivos, autoridades e celebridades não usam mais as caríssimas escoltas armadas
Por Isaac N. da Silva (*)
Os empresários, executivos, autoridades e celebridades na cidade de São Paulo não utilizam mais serviços de segurança e escolta dado o elevadíssimo nível de insegurança que se tem na cidade. Somente as forças de segurança do Estado tem a devida autorização para portar armas e equipamentos que podem fazer o justo enfrentamento dos ataques de criminosos. As instituições particulares não podem fazer uso desses recursos. Armamento pesado e blindagem de nível elevado não são autorizados às instituições privadas.
Mesmo as forças de segurança que usam meios adequados de autoproteção ficam de joelhos tamanho o nível de criminalidade que atinge a cidade paulista. Já foram mortos vários agentes de seguranças de forças públicas que podiam fazer o enfrentamento, mas que foram atacados de surpresa. Em São Paulo morreu em um assalto o cabo da PM César Azevedo, de 48 anos, segurança do governador Geraldo Alckimin e da primeira dama Lu Alckmin, lotado no Palácio dos Bandeirantes. A filha do vice-governador Guilherme Afif Domingos, senhora Laura Cecília, escapou por conta própria de criminosos acelerando o seu veículo blindado. Já os agentes de segurança das forças armadas cedidos ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) foram baleados e um morreu durante segurança da família do presidente da república em São Paulo. O subtenente do Exército Alcir José Tomasi e o cabo Nivaldo Ferreira foram confundidos com empresários, foram assaltados e baleados assim que os criminosos descobriram que eram seguranças, o subtenente morreu. Os criminosos levaram a viatura GM Astra do GSI/PR. Também na grande cidade do Rio de Janeiro a ministra do STF e seu motorista tiveram seu veículo oficial GM Zafira roubado por dez criminosos armados de fuzil enquanto seguiam para a inauguração da sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro-RJ.
Dado esse elevado nível de risco e insegurança, os empresários substituíram os caríssimos esquemas de escolta de segurança por voos de helicóptero. A cidade de São Paulo já tem helipontos certificados e licenciados em vários locais espalhados pela região metropolitana. Os helipontos foram construídos em área de concentração de grandes empresas e principalmente em cidades consideradas violentas como Carapicuíba e Osasco na grande São Paulo. Dessa forma os proprietários dessas empresas não precisam mais se arriscar andando pela ruas violentas das cidades com veículos de luxo e caríssimos serviços de segurança e escolta.
Essa utilização em massa das aeronaves acabou por aquecer o mercado de táxi aéreo fazendo com que o custo diminuísse muito. Essa queda nos preços fizeram com que o helicóptero deixasse de ser um artigo exclusivo, um item de luxo. Os voos cruzando toda a cidade duram menos de dez minutos para chegar a qualquer local da região metropolitana. O custo do deslocamento é infinitamente inferior a uma escolta com vários agentes de segurança. Se os agentes forem servidores públicos de agências de segurança municipais, Estaduais e federais o custo fica infinitamente compensativo haja vista que esses servidores recebem além do salário, horas extras, diárias, adicionais por serviços executados em horários extraordinários, dentre vários outros custos exorbitantes para o erário público, como as capacitações e treinamentos em atividades de proteção, uso de armas e escolta.
“Essa utilização em massa das aeronaves acabou por aquecer o mercado de táxi aéreo fazendo com que o custo diminuísse muito.”
Nas imagens em anexo é possível ver a utilização de táxi aéreo por toda a cidade de São Paulo e grande São Pulo além da construção de vários helipontos pela grande São Paulo. Há um detalhe da utilização de aeronave por uma autoridade eclesiástica de uma instituição religiosa de São Paulo-SP. A segurança na instituição é feita por policiais militares de folga que já tiveram R$ 10 milhões de reais em dinheiro vivo da igreja apreendidos pela polícia federal enquanto o transportavam por via terrestre. Então passaram a utilizar as aeronaves que só param em ambiente controlado e seguro nos quais a polícia precisa de autorização judicial para entrar.
Desta forma as instituições responsáveis, seja com o dinheiros dos investidores, dinheiro dos acionistas e mesmo com o dinheiro público e que possuem políticas severas de gestão, fazem o uso de aeronave para diminuir os custos com segurança de seus executivos e autoridades.
(*) Isaac N. Silva é Especialista em Gestão de Recursos de Defesa pela Escola Superior de Guerra - ESG e Especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
Referências:
272 pontos de pouso licenciados
Ataque a Filha do Vice-governador
Ataque a Segurança do Presidente da República
Ataque a Segurança do Governador de São Paulo
Apreensão de Dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus
Anexos:
Táxi aéreo no Templo do Rei Salomão no bairro do Brás na capital paulista. As imagens mostram duas aeronaves diferentes que indicam a tendência de utilização de serviço de táxi aéreo para fins de segurança.
Táxi aéreo no Templo do Rei Salomão no bairro do Brás na capital paulista.
Táxi aéreo no Templo do Rei Salomão no bairro do Brás na capital paulista.
Apresentador de televisão Luciano Huck utilizando o táxi aéreo.
Desembarque seguro de celebridade
Heliponto Torre Santander na Vila Olímpia na zona sul da capital paulista.
Heliporto dos executivos que trabalham na Torre Santander
Helicidade Heliponto no bairro do Jaguaré, zona oeste da capital paulista.
Helicidade Heliporto, bairro do Jaguaré na capital paulista.
A capital paulista possui dezenas de locais com autorização para operação de aeronaves, o que torna a sua utilização infinitamente mais segura que um serviço de escolta.
Capital paulista
Helipark heliponto na cidade de Carapicuíba-SP na grande São Paulo.
Helipark no Parque Jandaia em Carapicuíba-SP
Pátio de hangar moderníssimo no bairro Santa Fé em Osasco-SP, nas margens da Rodovia Anhanguera (SP-330) na grande São Paulo.
HBR Aviação em Osasco-SP. Infraestrutura para aeronaves e pilotos.
HBR Aviação, as margens da Rodovia Anhanguera em Osasco-SP