Existe um modelo ideal?

Diante dos cenários econômicos que as empresas estão enfrentando, algumas questões surgem no dia a dia dos gestores, sempre com base em ideias, conselhos e leituras sobre a melhoria constante do desempenho empresarial. Dentre essas questões, indagamos se existe um modelo ideal – teórico ou prático – de planejamento para tornar a empresa mais competitiva.

Podemos discorrer sobre o planejamento estratégico baseado na estruturação da empresa, através das questões que abrangem a missão, a visão e os valores. Também podemos analisar sobre a base das “cinco forças de Porter”, ou do modelo SWOT ou aprofundar em microeconomia sobre os conceitos de custo marginal, elasticidade de preço-demanda e tantas outras coisas que se fala – e faz – no planejamento estratégico empresarial.

Contudo, cada empresa tem uma característica, necessidade e objetivos diferentes e gestores – pessoas – diferentes, com capacitação e experiências diversificadas. Só esse entendimento já nos remete a analisar que é muito pouco provável que haja uma solução pronta, a famosa “solução de prateleira” para ser aplicada nas atividades de planejamento.

Logo, o modelo ideal de planejamento existe, mas não está baseado em apenas um formato teórico-prático que existe nas literaturas, ou que é exaustivamente replicado por consultores e palestrantes. O modelo ideal é aquele que, mesmo de forma híbrida (absorvendo conceitos e práticas de vários modelos) atenda as necessidades de curto e longo prazo da empresa tornando a estratégia um caminho factível para uma operação eficaz.

Obviamente que algumas coisas simples devem ser feitas e elas serão decisivas para um planejamento de fato estratégico. Envolve minimamente um planejamento de tempo (abrangendo ao menos as atividades críticas e seus respectivos custos de tempo medido em horas), o planejamento comercial e de identidade (quais produtos vender, clientes e locais) e um plano orçamentário para avaliação das margens previstas em relação aos investimentos pretendidos.

Dessa forma, a escolha de se investir em estoques (escolha crítica na área de distribuição de TIC), ou de mudar de praça de atuação, perfil de cliente, formatação de preços (aplicação de mark up) ou até mesmo investir em uma equipe de vendas faz parte de uma planejamento mínimo e que deve ser utilizado para encontrar oportunidades de melhoria do conjunto empresarial. Não basta vender muito. Não basta investir muito. É preciso vender bem, investir o suficiente e obter retornos minimamente adequados. Planejamento não garante o sucesso, mas garante um caminho mais seguro.

Ficou alguma dúvida? Tem alguma sugestão? Quer explorar mais o tema?

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Moises Bagagi é professor universitário e consultor empresarial. Economista com MBA em finanças e mestrando em economia e mercados, atua há mais de 10 anos em planejamento estratégico e finanças de empresas.





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