A falta de destinação correta de resíduos afeta orçamento brasileiro
É necessário falar do regulamento que rege os resíduos sólidos, a Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essa lei estabelece as diretrizes para a correta destinação dos resíduos e, também, sobre a destinação e coleta pelos órgãos públicos, encaminhando para a coleta seletiva e aterros sanitários.
No Brasil cerca de 42% dos resíduos sólidos tem destinação final inadequada, evidenciando assim que o país ainda tem muito que caminhar para a melhoria da questão dos resíduos. Portanto, é crescente a preocupação referente a má gestão dos resíduos sólidos por parte das empresas. Uma das maiores causas dessa questão se deve ao fato dos consumidores estarem mais exigentes quanto aos produtos ecologicamente corretores, ou seja, que degradam menos o meio ambiente. Não apenas o público, como também a legislação ambiental, que tem sido cada vez mais rigorosa às organizações.
Uma empresa que apresenta uma boa gestão ambiental tem maior potencial competitivo, além de alinhar a lucratividade e a proteção ambiental no mesmo sentido.
O gerenciamento incorreto dos resíduos de uma empresa pode contaminar o meio ambiente, trazendo impactos para um grande grupo de pessoas. Na verdade a má gestão dos resíduos pode agir negativamente na saúde de todos, mesmo que seja no bairro, na rua ou na empresa. Podemos ver os impactos causados especificamente no estado de São Paulo, com o nosso conhecido “RIO TIETÊ”, que com o descaso e lançado de efluentes químicos, biológicos em seu leito, trazem inúmeros problemas ao longo de seu extenso percurso de 1.150 Km.
É importante saber que os resíduos estando bem alocados e geridos, contribuirá para a preservação do meio ambiente, evitando assim os impactos socioambientais e à saúde pública, pois se forem mal geridos, causam poluição visual, poluição do solo, do ar e do lençol freático.
A estagnação das políticas públicas no setor dos resíduos sólidos provocou o aumento da quantidade de lixo enviado para locais inadequados em 2017. A volta dos lixões não gera apenas mais impactos ambientais e à saúde da população, mas também faz com que o Brasil desperdice oportunidades econômicas com a cadeia de reciclagem.
Dados da Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – mostra que nos últimos cinco anos foram destinados cerca de 45 milhões de toneladas de materiais recicláveis para lixões, o que pode movimentar mais de R$ 3 bilhões por ano.
Entre 2016 e 2017, a quantidade de resíduos enviada para lixões aumento 3%, de acordo com o mais recente Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil. Dados coletados em 2018 com 1.816 pessoas em todas as regiões revelam que 98% enxergam a reciclagem como algo importante. Por outro lado, 75% responderam que não separam seus resíduos no dia a dia
O paralelo com a crise hídrica de 2014 e 2015, que afetou o Sudeste, mostra como a questão do lixo ainda não impactou o hábito das pessoas. A geração de lixo por pessoa no país cresceu 0,48% de 2016 para 2017.
Segundo os cálculos do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), feito a partir da dados e exemplos internacionais, o Brasil acumulou uma espécie de dívida, no valor de R$ 730 bilhões. Essa quantia deve ser gasta para remediar a poluição gerada pelos lixões na última década. A conta considera apenas os custos para remoção do lixo enviado para locais inadequados, a descontaminação desse solo e o envio dos resíduos para um aterro sanitário adequado. Danos à saúde, os impactos sociais e econômicos não entraram na conta.
De acordo com o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (Islu), 61,6% dos municípios brasileiros não têm fonte de arrecadação para o setor, mas entre as cidades que têm algum tipo de taxa ou tarifa para coleta e destinação do lixo, 70% dispõem os resíduos sólidos de forma adequada.
Precisamos mais atitudes de nossos governantes, precisamos de imposição de nossa sociedade sobre o tema ambiental, pois o futuro de nossas gerações esta comprometido.
Faça você a sua parte, descarte o lixo corretamente, separe os recicláveis em suas residências e adote praticas simples como banho rápidos, desligar as luzes ao sair da sala e o mais importante passe esta informação adiante.
Seja um cidadão consciente, o meio ambiente agradece.