Fazer mais com menos!
Semana passada, um grande amigo meu (e competente profissional) me disse a seguinte frase: "a quantidade de processos, atividades e responsabilidades têm-se acumulado ao longo do tempo, para um mesmo profissional. E não existe mágica! Por mais competente que ele seja, algumas dessas tarefas, atividades e responsabilidades tenderão a 'ficar de lado' para que outras sejam executadas."
Na verdade, ele "trocou em miúdos" o sentimento da grande maioria dos colegas de trabalho que tive a oportunidade de conhecer. Apesar desse "fenômeno" não ser uma coisa tão recente assim, tenho percebido que esse fato tem se feito muito mais comum de uns 5 anos para cá. Obviamente, aqueles profissionais mais dedicados, comprometidos ou até interessados em acompanhar esse ritmo se dispuseram para tal e com certeza, até elevaram seu grau de execução e competências. É fato também, que este fenômeno acontece com muito mais frequência nos grandes conglomerados empresariais, nacionais e multinacionais, cujo portfolio - principalmente - é bastante diversificado. É fato também, que esses conglomerados têm seguido uma tendência global e desafiadora, que é o "fazer mais, com menos".
O enxugamento de recursos e otimização de processos é o "xis" da questão, mas infelizmente, a cultura profissional brasileira ainda tem muito a desenvolver nesse quesito. As grandes empresas enxugam seu quadro de pessoal e recursos, mas nem sempre é possível otimizar o "modus operandi" da organização para compensar. E como representante da espécie dos humanos, seres de carne, ossos, hormônios e sentimentos, tenho me deparado com a tênue linha do limiar entre a inteligência emocional e o desequilíbrio psicológico e físico. Graças a Deus, por enquanto, somente me deparado e ainda não vivido... posso afirmar aos colegas leitores. Por enquanto...
A pergunta que fica é: como assimilar essa exigência cada vez mais singular, intrínseca e requisitada do profissional do século XXI sem que ele perca o controle e o (perfeito) equilíbrio da razão e acabe se perdendo em desmotivação e frustrações? Talvez a resposta esteja ligada à experiência adquirida de cada um (até porque, experiência não se transfere, experiência se vive - o que podemos transferir é o conhecimento). Talvez a resposta esteja ligada à capacidade de assimilação e reação, também de forma individual.
Mas uma coisa é certa (pelo menos, ao meu ponto de vista), o principal interessado é o próprio profissional que de uma forma ou de outra, tem de buscar opções viáveis, sustentáveis e concretas para reorganizar seus trilhos e executar suas atribuições de forma competente, eficiente e eficaz. Obviamente, hoje existem especialistas e métodos especializados que contribuem diretamente no atingimento desse objetivo, mas o que eu tenho a dizer é: não espere que tudo isso venha de encontro até você, meu colega. Respire fundo, saia fora desse "círculo de fogo" por período suficiente para suas avaliações (pensar fora da caixa, fora do(s) 'problema(s)') e canalize seus esforços em reencontrar seus rumos e motivações. Sua saúde agradece. O mundo à sua volta também.