Feedback. Você está fazendo isso direito?
Regras não escritas do mundo empresarial estabelecem que boas avaliações de um gestor sobre seus funcionários devem vir por escrito. Assim, podem ser guardadas e até entrar para o currículo de quem a recebeu. Mas quando o feedback é ruim, o melhor mesmo é que seja dado pessoalmente, para evitar que seja lido várias vezes, ampliando seu efeito. Pode-se tirar lições dessa regra, mas os conceitos da gestão moderna vão muito além disso. Em primeiro lugar, o feedback deve ser sempre bem-vindo, seja composto por críticas ou elogios. Quando essa prática é natural nas empresas, o clima é bom, a produtividade aumenta e os funcionários são mais confiantes e motivados.
O segundo ponto a considerar é que o feedback deixou de ser, simplesmente, uma avaliação que o supervisor faz de seus funcionários. Quem costuma apenas receber esse "retorno", hoje recebe e emite suas percepções para gestores e colegas. As chamadas "avaliações 360 graus" estão cada vez mais em alta.
Os benefícios valem para empresas e funcionários. Em filosofia, feedback significa retroalimentação. Algo que ao mesmo tempo alimenta e é alimentado. Nas organizações, esse alimento chama-se informação, o prato mais valioso do atual mundo corporativo. Quanto maior a interação entre as pessoas, mais informação se consegue. Ouvindo o que os colegas e clientes pensam sobre sua atuação, é possível saber o que melhorar, quais os pontos fortes e como usa-los a seu favor.
Sete coisas importantes:
1. Feedback está na lista dos direitos e deveres do bom profissional. Não espere apenas que seu supervisor diga o que está bom ou deve melhorar. Peça pareceres de suas ações. Já com sua equipe, tome a iniciativa, mas sem agressividade.
2. Feedback não é crítica negativa, mas retorno de ação e, por isso, pode ser positivo. Reconhecer boas ações também é feedback. Mas, se o caso for de crítica, não esqueça de dar sugestões para resolver o problema.
3. Ao dar feedback, reúna fatos concretos. Em ambiente onde o Clima Organizacional não esta afinado, críticas podem ser vistas como pessoais. Dirija seus comentários à atuação profissional.
4. Escolha o momento certo. Falar sobre o que está errado em situações de estresse ou ansiedade e fazer críticas na frente de outras pessoas não estão entre as regras do feedback.
5. Ouça, avalie, reflita. Rebater críticas no momento em que elas são feitas é proibido. Pergunte, esclareça algum ponto, mas não se justifique nem fique na defensiva. Se ouvir atentamente e não tomar sua visão como verdade universal, pode tirar algo de bom da conversa. Se continuar discordando, volte depois e faça suas observações. É claro que as exceções existem.
6. Somente recebe feedback quem tem importância. Se o que ouviu não era exatamente o esperado, lembre-se que receber retorno de suas ações indica que você tem valor para a empresa (deveria ser assim).
7. O foco do feedback é o efeito. Ele pode servir para premiar o passado, mas o principal está em planejar o futuro.