A felicidade na geração Z: ansiedade, redes sociais e busca por propósito
A Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 e 2012, cresceu em um mundo conectado, moldado pela revolução digital e pela presença constante das redes sociais. Apesar de acessarem informações e oportunidades como nunca antes, essa geração também enfrenta desafios significativos relacionados à felicidade e à saúde mental.
Um dos principais fatores que impactam o bem-estar da Geração Z é o uso excessivo das redes sociais. Estudos apontam que o tempo gasto em plataformas digitais está diretamente associado ao aumento da ansiedade, depressão e baixa autoestima. Um levantamento realizado pela Royal Society for Public Health no Reino Unido mostrou que aplicativos como Instagram e TikTok podem intensificar sentimentos de inadequação e ansiedade, especialmente entre jovens. O fenômeno do doomscrolling – o hábito de consumir continuamente notícias negativas – também contribui para o aumento do estresse e da sensação de impotência.
Outro desafio enfrentado por essa geração é a busca por propósito. Diferentemente das gerações anteriores, que frequentemente priorizavam estabilidade financeira, os jovens da Geração Z colocam grande ênfase em carreiras que proporcionem sentido e impacto social. Essa pressão interna por encontrar um "propósito maior" pode levar ao esgotamento e à frustração, especialmente em um mercado de trabalho competitivo e em constante transformação.
A felicidade na Geração Z também é afetada pela comparação constante promovida pelas redes sociais. O contato com perfis que exibem estilos de vida aparentemente perfeitos pode criar uma falsa sensação de fracasso e insuficiência. Esses jovens são frequentemente bombardeados por padrões inalcançáveis de sucesso, beleza e produtividade, o que prejudica a saúde mental e torna mais difícil cultivar um sentimento genuíno de satisfação.
Apesar desses desafios, existem práticas que podem ajudar os jovens da Geração Z a encontrar equilíbrio e bem-estar. Uma delas é o estabelecimento de limites saudáveis no uso das redes sociais, como desativar notificações, limitar o tempo de tela e fazer pausas regulares. Outra estratégia eficaz é investir em momentos offline, priorizando interações presenciais, hobbies e atividades que promovam relaxamento e conexão com o momento presente.
Além disso, a prática da gratidão tem demonstrado impactos positivos na felicidade. Estudos mostram que escrever sobre coisas pelas quais se é grato pode aumentar a sensação de bem-estar e reduzir o estresse. A busca por ajuda profissional também é essencial para lidar com problemas de saúde mental. A terapia, aliada à prática de mindfulness e ao autocuidado, pode fornecer ferramentas valiosas para enfrentar desafios emocionais.
Por fim, é fundamental que a sociedade como um todo apoie a Geração Z na busca por felicidade. Isso inclui criar espaços seguros para conversações sobre saúde mental, promover educação emocional em escolas e ambientes de trabalho e incentivar jovens a explorar interesses e paixões sem a pressão de atender às expectativas externas.
A felicidade para a Geração Z está profundamente ligada à capacidade de equilibrar a vida digital com experiências reais, cultivar conexões autênticas e encontrar sentido em meio às incertezas do mundo moderno. Com suporte adequado, esses jovens têm o potencial de redefinir o que significa viver uma vida feliz e significativa.