Ferramentas populares para visualização de dados acessíveis.
Ao longo dos anos, trabalhar com visualização de dados me ensinou que ferramentas não são apenas uma maneira de apresentar informações de forma clara, mas também desempenham um papel vital na acessibilidade desses dados. Desde o início da minha carreira como analista de dados, percebi que o que funciona bem para uma pessoa pode não ser eficaz para outra, especialmente quando se trata de acessibilidade. Felizmente, ao pesquisar e testar diversas ferramentas, descobri que existem várias opções poderosas que tornam a visualização de dados mais inclusiva e acessível para todos.
Uma das minhas ferramentas favoritas para criar visualizações acessíveis é o Tableau. Este software não só oferece uma interface intuitiva, mas também vem com recursos incríveis para garantir que as visualizações sejam acessíveis para pessoas com deficiências visuais e cognitivas. Com o Tableau, eu posso ajustar os contrastes de cores, adicionar descrições alternativas e configurar facilmente legendas que ajudam os usuários a entender os dados de maneira mais clara. Além disso, ele oferece suporte para integração com leitores de tela, o que é um grande diferencial quando se trata de tornar os dashboards acessíveis.
Outra ferramenta que vale a pena mencionar é o Power BI. A partir do momento em que comecei a explorar suas funcionalidades de acessibilidade, percebi como ele facilita a criação de gráficos e relatórios interativos que são inclusivos. Power BI permite ajustar o contraste das cores e usar esquemas de cores que são amigáveis para pessoas com daltonismo. A opção de navegação por teclado também é excelente, pois permite que usuários com deficiências motoras naveguem facilmente pelos dados sem depender de um mouse ou dispositivo apontador.
Para quem busca uma opção mais flexível e open-source, o Google Data Studio se tornou uma excelente escolha. Ele permite criar visualizações simples, mas com uma profundidade de personalização impressionante. Uma das características que mais gosto é sua integração com o Google Sheets, o que facilita a atualização e o compartilhamento de dados em tempo real. Embora o Google Data Studio não tenha recursos tão robustos quanto o Tableau ou Power BI, ele oferece muitas opções de personalização, como a capacidade de ajustar o contraste de cores e fornecer descrições alternativas para gráficos, tornando-o uma boa opção para visualizações acessíveis.
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Para quem está mais envolvido com o desenvolvimento de código, D3.js é uma ferramenta incrivelmente poderosa. Trata-se de uma biblioteca JavaScript que permite criar visualizações de dados personalizadas e altamente interativas. Ao trabalhar com D3.js, consigo aplicar várias práticas de acessibilidade, como adicionar alternativas de texto para gráficos interativos, ajustar a navegação por teclado e criar gráficos que podem ser lidos por leitores de tela. A principal vantagem dessa ferramenta é que, por ser open-source e extremamente flexível, ela oferece total controle sobre os aspectos de acessibilidade, desde o design até a implementação.
Uma ferramenta recente que eu também comecei a explorar e que tem mostrado resultados promissores é o Plotly. Plotly é uma plataforma para visualizações interativas, e o que me encanta nela é sua integração com Python e R, duas linguagens de programação amplamente utilizadas por analistas de dados. A ferramenta oferece recursos para adicionar descrições alternativas e garantir que os gráficos sejam interativos sem sacrificar a simplicidade e clareza. Além disso, é possível criar gráficos com opções de acessibilidade nativas, como texto de leitura para gráficos e ajuste de contraste de cores.
Por fim, uma ferramenta que não podemos deixar de mencionar quando se trata de acessibilidade é o Excel. Embora seja uma ferramenta clássica e aparentemente simples, quando usada corretamente, o Excel pode ser extremamente acessível. Adicionar legendas e usar esquemas de cores acessíveis, bem como adicionar descrições em células e gráficos, pode fazer uma enorme diferença na compreensão dos dados, especialmente em contextos mais simples e diretos.
Descobrir essas ferramentas foi um divisor de águas para mim, pois não se tratava apenas de fazer gráficos bonitos, mas sim de garantir que todas as pessoas, independentemente de suas limitações, pudessem acessar e entender os dados que eu estava apresentando. Cada ferramenta tem suas próprias características e funcionalidades, e o mais importante é escolher aquela que melhor se adapta às necessidades do seu público-alvo e ao tipo de dado que você está trabalhando.
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