Ferramentas validadas e julgamento clínico podem indicar, com segurança, tratamento domiciliar para embolia pulmonar
A pesquisa avaliou como estabelecer diretrizes para a alta segura de pacientes com embolia pulmonar. — Crédito da Imagem: Freepik Brasil

Ferramentas validadas e julgamento clínico podem indicar, com segurança, tratamento domiciliar para embolia pulmonar

Estudo avaliou a incidência de mortalidade e eventos adversos nesses pacientes com embolia pulmonar; atenção deve ser redobrada a câncer e outros parâmetros anormais 

Pesquisa publicada em uma revista científica europeia avaliou como estabelecer diretrizes para a alta segura de pacientes com embolia pulmonar para a sequência do tratamento em casa.  

A meta-análise reuniu 10 estudos de coorte prospectivos e ensaios clínicos randomizados que, juntos, somavam quase 2.700 pacientes hemodinamicamente estáveis e que não tinham risco elevado de deterioração nem devido a choque obstrutivo, nem a insuficiência respiratória, e que, portanto, poderiam seguir com o tratamento domiciliar para embolia pulmonar aguda. Pacientes que tinham permanecido internados por mais de 24 horas também foram excluídos da avaliação. 

Nesta pesquisa, foram utilizadas três ferramentas de triagem: 

  1. Critério de Héstia – Lista de verificação com 11 indicações para a hospitalização de pacientes, uma ferramenta de avaliação de risco bastante conhecida e validada. Entre as perguntas estão questões sobre a hemodinâmica do paciente, se é necessária trombólise ou embolectomia, se há sangramento ou risco de sangramento, se houve uso de suprimento de oxigênio, níveis de dor, depuração de creatinina, insuficiência hepática, histórico do paciente e risco de gravidez. O paciente somente é considerado elegível para o tratamento domiciliar quando todas as respostas são negativas. 
  2. Ferramenta PESI (ou PESI simplificado) em combinação com julgamento clínico – Ferramenta simplificada que auxilia na avaliação da gravidade da embolia pulmonar com base em fatores clínicos como idade, histórico de câncer, doença cardiopulmonar crônica, ritmo cardíaco, pressão e saturação. 
  3. Lista de critérios de inclusão e exclusão predefinidos 

Resultados: segurança do tratamento domiciliar para embolia pulmonar 

Como resultado, os pesquisadores sugerem que uma ferramenta validada aliada ao julgamento clínico são estratégia segura para o direcionamento do paciente com embolia pulmonar para o tratamento domiciliar. Isso porque as taxas de óbitos e eventos adversos (como desfecho combinado de tromboembolia venosa recorrente, sangramento grave e/ou mortalidade por todas as causas) em 30 dias foram baixas, respectivamente 0,30% e 1,2%. A não ser em casos específicos que apresentavam comorbidades ou complicações. 

Pacientes com câncer, por exemplo, tiveram risco de três a cinco vezes maior de morte e de sofrer eventos adversos. Em paralelo, doença cardiopulmonar preexistente, bem como troponina anormal e peptídeo natriurético tipo B anormal, também se mostraram como fator de risco para maior incidência de eventos adversos 14 dias após a alta, porém não apresentaram impacto nas taxas de mortalidade. 

Referência

(1) Safety of Treating Acute Pulmonary Embolism at Home 

Este artigo foi publicado originalmente no Portal do IBSP, clique aqui para conhecer o nosso conteúdo.

por IBSP: Segurança do Paciente

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Tercio Cruz Figueiredo dos Santos

--Enfermeiro CME | Enfermeiro Centro Cirúrgico | Responsável Técnico

3 m

Genial!

Marcia Boessio

Gestão Assistencial / Coordenadora de Enfermagem

3 m

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