FIMEC da Sustentabilidade

Semana passada, quando os holofotes no RS ainda não estavam voltados para o #covid19, aconteceu a #fimec . Eu sempre recomendei essa feira a alunos e profissionais da área do #design por um motivo muito simples: ela abrange praticamente toda a cadeia produtora de calçados, e se engana quem pensa que é focada apenas em couro. Nessa feira, muitos fornecedores da #cadeiatextil também comparecem!

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A comunicação da feira desse ano, trazia a palavra sustentabilidade. Mas e então, foi apenas um apelo ou as práticas sustentáveis realmente aconteceram por parte dos expositores?

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Sim, essas iniciativas estavam lá, não em todos os expositores, mas vi um movimento importante acontecendo. Alguns ainda não despertaram para a necessidade de utilização de práticas sustentáveis, e ainda vêem ela num futuro distante. Então, vamos focar no que realmente se viu lá de práticas sustentáveis?

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Um ponto que gostaria de trazer, em primeiro lugar, foi o que ouvi de vários (vários mesmo) expositores, de que o "despertar" para essas práticas aconteceu, e em alguns casos intensificado, pelo que eles viram, sentiram e ouviram no #inspiramais. E aí gostaria de ressaltar a importância de projetos inspiradores como esse que ocorre duas vezes ao ano, e literalmente inspiram e conscientizam a indústria com muita informação relevante e extremamente profissional.

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Mas, independente de onde veio a iniciativa (ou a vontade de), ela chegou à feira, e esteve presente em praticamente todas as etapas da cadeia, e eu trago alguns destaques.

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Na parte de #matéria-prima, falo de algumas as empresas que trouxeram alternativas às matérias-primas virgens, através a utilização de materiais reciclados como o algodão desfibrado e o poliéster de garrafa PET. Chamou atenção a #bertex e a #topshoesbrasil que além de trazerem o material para os mostruários no estande, apresentaram a origem do material e os processos envolvidos na fabricação, mostrando que, além de vender, é preciso educar o comprador. Além dos materiais expostos, a #bertex reinventou o seu estande: todas as paredes eram cobertas com material reciclado!

Demonstração do algodão desfibrado pela Bertex.

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Essas matérias-primas podem ser usadas para um leque grande de produtos, desde a fabricação de tecidos, até mesmo as palmilhas, como mostradas pela #jomo, que utiliza materiais reciclados para a fabricação desse componente, ou a #brisaindustriadetecidostecnologicos onde o forro das palmilhas é feito a partir de processos sustentáveis, além de ser bacteriostática.

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Na parte de processos de #tecelagem, não foram poucas as empresas que trouxeram a malharia retilínea para peças em #wholegarment . Nesse processo, não há nenhum tipo de desperdício de material, visto que a peça é feita sem costura, com a modelagem já definida por software ligado ao maquinário, como bem mostrado pela #brastema na #fabricaconceito

Tênis feito em wholegarment na Fábrica Conceito.

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E por falar em #zerowaste, mas com processo diferente das peças feitas em #wholegarment, destaque para o calçado feito pela #villaget que desenvolveu um tênis #lixozero, assumindo a responsabilidade pelos resíduos envolvidos na fabricação, além do compromisso em recuperá-los na fase pós consumo. 

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Eu bati perna na feira durante dois dias, atenta sempre a iniciativas relacionadas tanto a sustentabilidade, como a tecnologias de alto desempenho (essas em minoria). E esses foram os principais pontos de destaque percebidos. Tem mais alguma pra agregar? Comenta aqui embaixo :)

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O mais bacana do que vi lá, foi o entusiasmo das empresas que já possuem iniciativas com caráter sustentável, e querem aumentar o número de produtos com esse viés. Essas empresas, perceberam que sustentabilidade não é mais uma tendência, e sim uma realidade de mercado!