Finalmente, a previsão para o novo ano é de otimismo
Após praticamente 4 anos de deterioriação da economia, e junto o ânimo das pessoas com relação à economia brasileira, finalmente voltamos a ter otimismo para o novo ano. Finalmente. Nem parece que foram 4 anos, mas sim uma eternidade. Só que agora o ânimo voltou, como aponta uma pesquisa realizada pelo Datafolha (veja aqui) a poucos dias antes da posse de Jair Bolsonaro à presidência: 65% acreditam que a economia vai melhorar em 2019. Que bom não? O maior desafio para o novo presidente é aprovar logo essa reforma da previdência e a da população desempregada é conseguir um novo emprego. Se a equipe econômica de Bolsonaro conseguir aprovar a reforma, o efeito seguinte será a da retomada dos investimentos. E que investimentos! Segundo o presidente do Citibank no Brasil, Marcelo Marangon, o país pode receber até 180 Bilhões de dólares em investimentos em 2019 (veja aqui). 180 Bilhões... de dólares, não reais, dólares! Isso em investimentos significa milhares de novos empregos, então o otimismo dos brasileiros com a economia em 2019 tem fundamento.
Enquanto o Brasil começa a sair da sua pior recessão, a situação dos líderes econômicos mundiais começa sair de um longo período de crescimento e baixos índices de desemprego para um cenário de estagnação, ou até mesmo recessão. Me refiro a situação dos Estados Unidos e China. Apesar do índice de desemprego nos Estados Unidos ser um dos mais baixos dos últimos 50 anos, a previsão para a economia americana para esse ano é de inicio de recessão. Segundo uma pesquisa da Duke University com diversos CFOs de empresas americanas, quase metade deles acreditam que haverá uma recessão econômica em 2019 e 82% deles acreditam que essa recessão irá começar em 2020 (veja aqui). É quase uma opinião unânime. Na China, a produção industrial está cada vez mais baixa e o aumento de impostos para importação de produtos chineses do Trump para dentro dos Estados Unidos devem piorar os números para os chineses (veja aqui).
Agora que entra a parte mais interessante. Se o governo de Bolsonaro souber jogar direitinho, teremos um baita oportunidade de dar a volta por cima nesse ano de 2019. Enquanto as grandes economias começam a ver sinais de estagnação econômica e o Brasil começa à sair de uma longa recessão com muito anseio de produzir e gastar tudo aquilo que não pudemos nesses últimos 3 anos, temos um cenário perfeito para fazer a economia girar ao nosso favor. A China precisará escoar excedentes de produção para outros países já que o seu principal cliente não está muito muito interessado em adquirir seus produtos; isso é bom para o Brasil, que depende muito de produtos chineses para movimentar a economia. Uma boa negociação poderia trazer produtos ainda mais baratos para dentro de casa. Os americanos sempre souberam aproveitar muito bem o turismo e o dinheiro que os turistas deixam lá, consequentemente eu tenho certeza que os lojistas lá vão receber com tapete vermelho brasileiros ansiosos para comprar novos iPhones quando a tal recessão chegar por lá.
Claro, que para isso tudo dar certo temos que dar um jeito de voltar a empregar os mais de 12 milhões de desempregados que temos atualmente. Se o governo Bolsonaro conseguir aprovar a reforma da previdência ainda nesse primeiro semestre de 2019 e realmente dar cabo da privatização de estatais como a Eletrobrás como foi prometido pelo novo ministro da economia Paulo Guedes, então todo esse prognóstico positivo que estamos esperando para esse novo ano, aliado com esses pontos referentes ao cenário internacional, parece bastante possível sim. Finalmente, voltamos a ter otimismo com a economia do Brasil.