Segundo pesquisa do CB Insights, a falta ou incapacidade de levantar capital está entre as principais razões de falha de startups. Aliado a isso, estudos da Fundação Dom Cabral mostram que cerca de 50% das startups fecham suas portas dentro de quatro anos de operação. Diante desses desafios, torna-se fundamental para os empreendedores entenderem as fontes de investimento disponíveis e determinarem qual é a mais adequada para cada estágio de desenvolvimento de sua startup. Neste artigo, vamos explorar as diferentes fases de uma startup e as fontes de financiamento indicadas para impulsionar o crescimento e a sustentabilidade do negócio, reforçando que não existe regra, mas sim uma adequação à realidade.
Dentre as fontes de investimento, podemos destacar:
- Capital próprio, amigos e familiares: Esse tipo de investimento ocorre diretamente dos fundadores, amigos e pessoas da família, quando a empresa ainda é apenas uma ideia. São quantias geralmente menores fornecidas por pessoas que têm uma relação pessoal com a empresa.
- Crowdfunding: Essa fonte de investimento é obtida por meio de uma ou mais plataformas que permitem a arrecadação coletiva. Elas possibilitam que as startups levantem pequenas quantias de dinheiro de um grande número de pessoas. Existem diferentes modelos de crowdfunding, incluindo doações, recompensas, empréstimos e investimentos de capital.
- Investidores Corporativos: Grandes empresas também podem investir em startups como uma forma de obter acesso a novas tecnologias, talentos ou mercados. Os investidores corporativos não apenas fornecem capital financeiro, mas também oferecem oportunidades de parceria e distribuição.
- Investidores Anjos: São investidores experientes que fornecem capital para startups em troca de participação acionária na empresa. Eles geralmente investem em estágios iniciais e podem oferecer orientação, distribuição e networking, além do financiamento. Esse tipo de investimento também é conhecido como Smart Money.
- Venture Capital: As firmas de capital de risco são empresas que investem grandes quantias de dinheiro em startups em troca de participação acionária. Elas geralmente investem em startups em estágios mais avançados do que os investidores anjos e podem fornecer financiamento em rodadas de financiamento posteriores.
- Private Equity: Esses são fundos nos quais o investidor adquire parte da empresa. Geralmente, são de capital fechado e envolvem empresas que já estão em um estágio de crescimento consolidado.
Para cada uma das fases da startup, é preciso identificar as fontes de investimento disponíveis e mais adequadas, considerando as particularidades de cada estágio, rodadas de investimento:
- Fase de Ideação e Pré-Seed: Nesta fase inicial, os fundadores estão delineando sua visão e buscando validar seu conceito de negócio. As fontes de financiamento comuns incluem financiamento próprio e investidores anjos.
- Fase de Seed: Com um conceito validado, a startup está pronta para desenvolver um Produto Mínimo Viável (MVP) e conquistar seus primeiros clientes. As fontes de financiamento nesta fase incluem investidores anjos, aceleradoras e crowdfunding.
- Fase de Série A: Com um produto ou serviço validado e um crescimento inicial demonstrado, a startup está pronta para escalar suas operações. As fontes de financiamento comuns incluem fundos de venture capital e investidores corporativos.
- Fases Posteriores (Série B, Série C etc.): Nessas fases avançadas, a startup busca financiamento adicional para expandir suas operações. As fontes de financiamento incluem fundos de venture capital e private equity.
Escolher a fonte certa de financiamento é essencial para o sucesso de uma startup em sua jornada de crescimento. Ao compreender as diferentes fases de uma startup e as fontes de investimento disponíveis em cada uma, os fundadores podem tomar decisões informadas que impulsionam o crescimento e a expansão de seus negócios, aumentando suas chances de sucesso.