FOMO e FOBA, estamos viciados!
Incontáveis e incansáveis são os momentos em que me vejo paralisada enfrente ao celular. “Que coisa!?” penso eu quando o aviso de controle de 45 minutos do Instagram aparece na minha tela e ainda são 8:31 de manhã.
Nada justifica o fato de meu dia começar as 4:50 da manhã, e que em 4 horas de 24 eu já perdi pelo menos 20 dos meus 45 minutos observando, julgando, me questionando e invejando a vida dos outros.
Sim, estou viciada e acredito que a maioria está. Sem perceber, mas estamos.
Estamos presos em uma corrente de ansiedade, de manipulação, de imediatismo, de questionamentos e o pior deles: de distanciamento daquilo que verdadeiramente somos.
Há dois meses atrás em um seminário liderado pelo incrível consultor de luxo Carlos Ferreirinha ouvi pela primeira vez o termo FOMO – fear of missing out – e claramente me despertou um estado de alerta, meu inconsciente detectou um problema.
O medo de perder alguma coisa, traduz em si, o medo que estamos vivendo. O medo da desconexão, o medo de perde algo que esteja acontecendo no vizinho, no bairro, na cidade, no mundo e perdemos então: a noção do presente.
Passei a me observar mais, medir meu tempo conectada, baixei aplicativos para saber quanto tempo fico online, offline, quantas vezes abro cada aplicativo e quantas vezes pego no celular. É assustador, e como uma drogada, tem se tornado ainda pior quando se torna consciente.
Tenho a convicção de que o que me ajuda é a consciência e os exercícios que minha terapeuta me ensinou há 4 anos atrás: com listas de afazeres, listas de prioridades, listas e mais listas para que eu possa controlar meus hábitos e comportamentos.
Tudo tem se tornado melhor com esse controle físico, sim, papel e lápis. Me desafiei a criar uma lista de: Para que o celular serve!? E escolhi somente um aplicativo para cada função.
O silêncio e a leitura me ajudam bastante a evitar o outro termo assustador: FOBA – fear of being alone – onde o narrar da história se torna preocupante.
O medo de sentir sozinho cria em nós a necessidade de estarmos sempre com alguém, conectado com alguém ou dependente de alguém.
Nossas novas gerações estão lidando de maneira muito superficial com os fracassos. Os desafios para as conquistas são inexistentes. Para eles e onde tudo precisa ser rápido, fácil, prático e descartável.
Estamos criando e participando de uma grande mudança de comportamento e sim, sou a favor da tecnologia e internet em prol do beneficio ao ser humano. Entendo também que muitos se ajudam através das redes sociais, porém, são a minoria e é necessário ter atenção.
As redes ajudam você a se conectar com quem esta distante e te afastam de quem esta próximo.
Seja cuidadoso, observe seus comportamentos. Seja mais consciente.
Stein, S.