Formação de professores: caminhos, descobertas e contribuições da prática pedagógica no contexto educacional
Margarete.aparecida@anhanguera.com- Professora Anhanguera Educacional/ Kroton – Curso de Pedagogia -Pós-graduada Em Psicopedagogia e Metodologia do Ensino Superior. Formação de professores: caminhos, descobertas e contribuições da prática pedagógica no contexto educacional Encontra-se em pauta de discussões entre professores, estudantes de pedagogia e governantes, a educação brasileira, e tem sido avaliada e verificado a necessidade de profissionais preparados a educar. A importância na formação do educador se torna relevante, considerando de que forma ocorre a combinação entre a técnica, conhecimento e a análise crítica do professor aos alunos na formação pedagógica com a finalidade de preparar profissionais que tenham a verdadeira intenção de dar preparo a cidadãos, capacitando-os a serem autônomos em suas atitudes, a questionarem e fazerem análise das informações, sendo um crítico das situações. Na intenção da busca da melhoria contínua da educação vê-se a necessidade da clareza de identidade profissional do professor, considerando Tardif, que relaciona o saber com a prática docente, ressaltando que: [...] interessam-se pelos saberes e pela subjetividade deles é tentar penetrar no próprio cerne do processo concreto de escolarização, tal como ele se realiza a partir do trabalho cotidiano dos professores em interação com os alunos e com outros atores educacionais (TARDIF, 2002, p. 36) Para Tardif (2002) é imprescindível que os professores busquem a junção da atual sociedade ao saber. A busca por um processo de ensino e aprendizagem deve ser de constante preocupação ao professor, reforçando a ideia de identidade profissional. A formação de profissionais da educação deve levar aos futuros docentes a ideia de que seja fundamental dispor de conhecimentos, com a intenção de criar situações de aprendizagem. A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências entre educadores críticos se fazem de si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso. (Freire, 1997, p.25) Nesse sentido, a intenção é analisar a questão prática e teórica pelas quais os graduandos vivenciam. Este aspecto formativo visa não só a aprendizagem dos que ensinam por meio das teorias, mas também pela prática. Assim, mais do que conhecer as mudanças do mundo contemporâneo e o que ele requer de todos nós, é clara a intenção de apontar as tendências e orientar os sujeitos em como se preparar para o presente e para o futuro. Os desafios da profissão docente requer um grande passo na direção do acesso, da inclusão e do preparo das pessoas para serem protagonistas da sua própria história profissional. Segundo Antônio Nóvoa, A formação de professores tem ignorado, sistematicamente, o desenvolvimento pessoal, confundindo “formar e formar-se”, não compreendendo que a lógica da atividade educativa nem sempre coincide com as dimensões próprias da formação. Mas também não tem valorizado uma articulação entre a formação e os projetos das escolas, consideradas como organizações dotadas de margens de autonomia e de decisão de dia para dia mais importantes. Estes dois “esquecimentos” inviabilizam que a formação tenha como eixo de referência o desenvolvimento profissional dos professores na dupla perspectiva do professor individual e do coletivo docente (Nóvoa,1995, p.24). Os seres humanos, por meio das relações e interações que estabelecem, estão em constante transformação. E esse movimento contínuo da vida altera a situação do mundo profissional e social em que vivemos, fazendo com que os sujeitos desenvolvam suas competências e se adaptem aos novos cenários, bem como de projeção e aceleramento rumo ao futuro, porém temos ainda, muitas pessoas estagnadas no tempo e no espaço, esperando algo mágico, pronto e que não as desacomodem profissionalmente e sociologicamente. A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar estatuto ao saber da experiência. (Nóvoa,1995, p.25). Percebe-se que as pessoas são impulsionadas para tomarem decisões em várias esferas e toda tomada de decisão tem uma consequência. Assim, os saberes da experiência não começam a valer depois que o indivíduo terminou o curso de graduação, mas sim, deve começar com as experiências feitas como aluno, onde poderá observar e refletir sobre os diferentes professores. Desta forma, precisam dessa visão para darem direção ao novo comportamento, estabelecendo algum grau de previsibilidade para a vida profissional a ser assumida. Uma identidade profissional se constrói, pois, a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovações porque prenhes de saberes válidos às necessidades da realidade (Pimenta, 2000, p.19). Portanto, a necessidade de competitividade exige modificações profundas e a modernização trouxe como consequências, o despertar da consciência, de que é preciso estar ciente de que as exigências são muitas, como desenvolver novas habilidades pessoais e profissionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NÓVOA, Antônio (Coord.). Os professores e a sua formação. 2 ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Paz e Terra, 1997. PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
TARDDIF, Jack. Saberes docentes e formação profissional. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2002.