Fortalecendo a autoconfiança em sua trajetória de liderança
Em maior ou menor grau, todos nós enfrentamos momentos de insegurança em nossas vidas e trajetórias profissionais. E, a rigor, é muito comum que esses períodos estejam relacionados com períodos de mudança e a conquista de objetivos que pavimentam nossas trajetórias de autorrealização: a entrada na universidade, o primeiro emprego, a primeira promoção, a construção de nosso núcleo familiar, a conquista dos primeiros postos de liderança…
Nessa pluralidade de situações que nos transformam e nos constituem essencialmente, lidar com dúvidas ou ter medo não é um sinal de fraqueza, mas de nossa humanidade. Assim, o que distingue e aquilo que forma um grande líder não é a insensibilidade perante emoções, mas a capacidade de seguir em frente apesar de incertezas, medos, frustrações ou até mesmo insucessos.
Sim, em muitos momentos precisamos vencer a nós mesmos para alcançarmos aquilo que mais sonhamos; para ampliarmos nosso poder de realização e de transformação da realidade que nos cerca; para contribuirmos positivamente com a vida de nossos semelhantes, familiares, colegas e colaboradores.
E essa necessidade fica clara diante, por exemplo, dos estudos de caso no mercado sobre a chamada síndrome do impostor: condição em que alguém, mesmo tendo conquistado por mérito próprio, uma promoção/reconhecimento/oportunidade – pela qual, aliás, muitas vezes batalhava há tempos – não se sente digno, capaz ou merecedor do fruto de seu trabalho.
Como frisado no início, momentos de insegurança fazem parte de nossa condição humana. Todavia, na síndrome do impostor, pode ocorrer um prolongamento excessivo desse medo/incerteza sobre nossas capacidades, causando sofrimento e até impedindo de evoluir profissionalmente tanto quanto poderia.
Uma reportagem do Fantástico, na Rede Globo, apontou que nada menos que 70% das pessoas que estão no mercado já vivenciaram esses sintomas. Mas a boa notícia é que é possível vencê-los. Estudos recentes divulgados pela Harvard Business Review em reportagem assinada por Keith D. Dorsey, aliás, apontam caminhos interessantes para essa superação.
Conectando essa leitura com alguns insights que desenvolvi sobre o tema, divido aqui uma reflexão sobre como podemos fortalecer nossa autoconfiança para nos tornarmos líderes melhores e, acima de tudo, os seres humanos que ambicionamos ser.
A reportagem da HBR destaca como primeiro pilar para a superação da síndrome do impostor, a força de vontade: que nada mais é do que a virtude de nos mantermos motivados e conectados com os objetivos mais essenciais de nosso ser. E, para tanto, é preciso autoconhecimento para que tenhamos a capacidade de percebermos aquilo que de fato importa para nós – inclusive sabendo dizer não e abrindo mão de outras escolhas.
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Não por acaso, no clássico a Educação da Vontade, o pedagogo Jules Payot ressalta, por exemplo, aponta que uma das principais causas do insucesso está ligado a fraqueza da vontade, ao não comprometimento com um esforço prolongado que, no fim das contas, é o que irá nos mover na direção de nossos anseios
Nesse sentido, exercitar a força de vontade – a despeito de nossos medos e até do impulso de desistir – é um movimento decisivo para que, gradativamente, nos tornemos mais seguros sobre nosso potencial de liderança.
2. Autodisciplina
E tudo isso, naturalmente, se conecta com a autodisciplina: mais do que uma imposição externa, quem almeja crescer na carreira precisa respeitar seus próprios valores e construir uma jornada ligada a seus objetivos verdadeiros.
É isso que traduz a independência e a liberdade daqueles e daquelas que são capazes de viver segundo propósitos maiores, uma vez que sabem o que desejam e assumem a proa de suas histórias.
3. Persistência
Por fim, a autoconfiança virá quando percebermos que, apesar dos obstáculos e incertezas, somos aptos a seguir nosso caminho e, inclusive, extrair lições dos desafios que nos são apresentados. Se você está disposto e tem a humildade de aprender, não há porque não se sentir digno de uma oportunidade pela qual batalhou.
Lembre-se: as pedras no caminho irão surgir, mas um líder aprende a não temê-las e a abrir caminhos para si e para os outros!