Futebol Robotizado
"O futebol brasileiro sempre teve um DNA ofensivo. Estamos muito preocupados em esquema tático, números, mas o futebol do Brasil é empírico, diferente, mudar de posição. Se perdermos essas características vamos ficar iguais robôs"
Frase acima dita por Vanderlei Luxemburgo em sua apresentação no Palmeiras. Em outras palavras, o treinador levantou a discussão sobre a perda de liberdade do jogador de futebol ou a falta de leitura desses jogadores alinhados ao cognitivo não tendo em mente a leitura de jogo e suas possibilidades de ações naquele lance.
As ações do futebol hoje estão cada dia se caracteriza em correr e cruzar, toca, toca e toca até chegar mais próximo o possível no gol adversário. Não está errado, mas o leque de ações deveria ser maior, desde que o jogador tenha visão e leitura de jogo. No treinamento você cria opções para que seu time tenha a bola e possa chegar até o gol adversário. Essas ações variam em chutes de longa distância, limitando e diminuindo ao máximo o erro, triangulações, movimentação e a individualidade do jogador. Isso se baseia na leitura do jogo do jogador. Você treina as possibilidade de ações e o atleta dentro da sua leitura de jogo escolhe a melhor opção para ação ofensiva.
Mas onde deveria trabalhar isso? NA BASE, se um profissional coloca limite ao seu atleta, impossibilitando do mesmo usar sua individualidade e o seu "DOM" que juntamente com os profissionais será melhor lapidado, mais tarde esse atleta não terá mais esse fundamento como opção de jogada e possivelmente desqualificará o atleta com a perda dessa característica.
Futebol é coletivismo, mas também é individualismo. Se tínhamos camisas 10 como Alex e e se hoje temos apenas o Neymar como protagonista é porque o seu clube de formação soube respeitar o seu individual, trabalhar para que melhor fosse desenvolvido e adaptar ao futebol coletivo, levando isso ao profissional um atleta com um leque maior de ações, sendo o diferencial do futebol brasileiro.