Por que os representantes dos Clubes Brasileiros não aceitam o limite de troca de treinadores?
A resposta é simples, não existe critério para contratação de treinadores. Então se não temos critério, não temos convicção que garanta sua permanência no trabalho. Quando um clube busca um atacante, o que ele procura nesse jogador? Verifica os seus números na sua atual e ex equipe, suas qualidades técnicas, busca conhecer a pessoa e verifica se está dentro do perfil da equipe se o mesmo se encaixa. Com o comando técnico isso não acontece, quando existe uma vaga no clube, todos os nomes que estão disponíveis no mercado são citados, desde um treinador que não tem tantas ações ofensivas, até um treinador que detêm mais a posse de bola. Filosofias diferentes, mas com o mesmo objetivo para o clube, o resultado.
Se existisse a contratação pensando na metodologia de trabalho, não teríamos demissões em 30, 60 ou 90 dias. Treinador no Brasil trabalha sozinho com sua comissão, são os salvadores e os responsáveis por um desastre esportivo. Treinador de futebol é mais um profissional como qualquer outro que erra e acerta todos os dias, existe a necessidade desses erros ou apenas situações que estão dando o retorno esperado de serem analisados por profissionais ou superiores da comissão técnica que estão alinhados com o trabalho e criar uma discussão em prol desse erro ou situação, caso contrário esse erro ou situação irá se resultar em demissão em um futuro próximo.
Infelizmente é isso que encontramos na recusa dos clubes em limitar a troca de treinadores, medo e incapacidade de acreditar no sua própria contratação. Os contratantes não possui a mínima convicção sobre suas próprias escolhas.
"O talento é um título de responsabilidade" Charles de Gaulle
Jornalista | Comentarista esportivo | Apresentador
4 aBelo texto, mas na minha opinião existem fatores que determinam isso. Sabemos que jogador pode derrubar treinador, imagina você não poder mais trocar de técnico e ter uma racha absurdo no elenco? Isso também seria um fator muito influente na hora de dar oportunidade para novos técnicos, pois não arriscariam “descartar” uma oportunidade. Em uma instituição séria, isso não influencia.