Futuro dos Shoppings Centers

Futuro dos Shoppings Centers

Publicado no Jornal de Piracicaba em 09/06/2017

Os shoppings têm como objetivo principal unir em único local, uma ampla variedade de produtos e serviços, gerando facilidades para o cliente, que pode fazer diversas compras no mesmo local. Atualmente os shoppings concentram um grupo de varejistas e outros estabelecimentos comerciais, são planejados e administrados como uma propriedade única, oferecem facilidades, como estacionamento, e podem ser encontrados nas médias e grandes cidades.

Independente do tipo, o shopping tem grande poder de atração de público, pois, a segurança oferecida nestes empreendimentos é um fator de peso, além do conforto proporcionado, principalmente pelos estacionamentos e pela flexibilidade de horários, maior do que o comércio de rua. A maior feira do setor de shopping centers, a RECon – Real Estate Convention, aconteceu em Las Vegas, nos Estados Unidos, neste ano  e recebeu, mais de 35 mil visitantes e apresentou os principais insights do setor.

A principal estratégia recomendada é concentrar-se no conceito de hospitalidade, para que o consumidor sinta-se acolhido com os mais diversos espaços de lazer, confraternização, culturais e sociais sempre aliados à tecnologia. Das tendências apresentadas no evento é importante ressaltar três: - utilização das técnicas de pesquisas modernas, como o geofencing permite identificar e analisar o perfil do frequentador com uso de aplicativo, rastreia-se os movimentos do consumidor por GPS, coletando dados importantes para comparar os diferentes comportamentos em cada área do empreendimento.

Isso permitirá uma melhor adequação do mix de lojas às necessidades dos clientes; - com a decadência das lojas âncora, será preciso proporcionar ao consumidor melhores opções de alimentação. Os fast foods e restaurantes tradicionais cedem espaços para os chamados “food halls” são área mais bonitas de alimentação com mix de cafeteria, docerias e oferecimento de alimentação mais saudável.

Nos Estados Unidos, há preocupação com a saúde, produtos veganos, diet, uma tendência por uma gastronomia diferente focada na saúde; - o e-commerce está crescendo no mundo inteiro, os frequentadores de shoppings centers ainda preferem realizar suas compras pessoalmente, ou apenas finalizá-las na loja , mesmo diante desta tendência apresentou-se um estudo entre 20 e 25% dos shopping centers em funcionamento hoje nos Estados Unidos, devem fechar as portas até 2022 segundo estimativa do Credit Suisse que considerou 1,1 mil centros de compras do país.

O declínio do trafego e vendas nos shopping centers norte-americanos tem crescido nos últimos anos, o ano de 2016 apresentou queda de 7% nas vendas das lojas de departamento. Para especialistas do setor, o indicador é relevante, porque esse tipo de loja é considerado a principal porta de entrada do consumidor nos shopping centers nos Estados Unidos. 

Ao analisar as vendas do e-commerce e em lojas fora de shopping centers aumentou 13% em relação ao ano anterior. Outro fator considerado na análise refere-se ao termômetro de vendas, o Black Friday, dia mais importante para vendas do varejo norte-americano.

No ano de 2016, compraram pela internet 109 milhões contra 99 milhões que ainda preferiram ir a uma loja física. A grande duvida dos gestores de shopping centers nos Estados Unidos é como fazer com os espaços vazios.

Estariam estes espaços sendo usado para facilitar o atendimento logístico do próprio e-commerce? Vale refletir o impacto destas tendências no segmento de shopping centers para o Brasil.


  

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